“Este ano temos mais 6000 professores nas escolas”, garante ministro da Educação

17 abr, 07:32
Ministro Fernando Alexandre (Lusa)

REVISTA DE IMPRENSA || Fernando Alexandre traça balanço positivo das medidas implementadas

O ministro da Educação, Ciência e Inovação assegura que o ano letivo de 2024/2025 contou com um reforço de mais de 6000 professores — entre novos profissionais e antigos que regressaram ao sistema. Em entrevista ao jornal Público, Fernando Alexandre revela que cerca de 1300 docentes adiaram a reforma e outros tantos regressaram à profissão, impulsionados pelo Plano +Aulas +Sucesso, que inclui medidas como o alargamento do apoio à deslocação, atualmente atribuído a mais de 2500 docentes.

"Entre os professores que tinham saído do sistema, e voltaram, e os novos que nunca tinham dado aulas, estamos a falar de mais de 6000 professores este ano", revela.

Segundo o ministro, entre as prioridades para o próximo ano está a duplicação do número de psicólogos com vínculo aos quadros das escolas, passando de 900 para cerca de 1700, e um reforço de mil milhões de euros para requalificação de escolas, com apoio do Banco Europeu de Investimento, sendo que as primeiras intervenções deverão começar no segundo semestre de 2026.

Fernando Alexandre defende ainda uma flexibilização nas habilitações exigidas para o exercício da docência, aproveitando o “capital humano disponível” e o robusto sistema de ensino superior português. Uma auditoria da KPMG, cujos resultados são esperados em abril, irá clarificar os números reais de alunos sem aulas devido à falta de professores — depois de erros admitidos publicamente pelo próprio.

Na frente das desigualdades, Alexandre anuncia a criação de um modelo híbrido de apoio ao estudo, dirigido a alunos do secundário com ação social escolar, recorrendo a explicações online dadas por professores da rede pública, num esforço para combater as assimetrias no acesso ao ensino superior.

Apesar de admitir desafios, como a falta de assistentes operacionais e dificuldades de articulação com autarquias, o ministro reafirma o compromisso com a valorização da escola pública.

“Pode parecer que estou agarrado ao lugar, mas gostava mesmo de continuar este trabalho", confessa.

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