FPF não vai permitir apenas acesso ao contrato do antigo selecionador, mas também aos contratos dos membros da direção, a atas de reunião e a vários outros documentos
A Federação Portuguesa de Futebol anunciou esta quinta-feira que desistiu do recurso interposto no Tribunal Constitucional, pelo que na prática vai permitir o acesso ao contrato de trabalho do ex-selecionador Fernando Santos.
Mas não será apenas o contrato do antigo selecionador: vai permitir acesso também aos contratos dos membros da direção, a atas das várias reuniões, aos vencimentos de todos os selecionadores nacionais, enfim, são vários os documentos disponibilizados para consulta do Expresso.
Recorde-se que este processo começou quando os jornalistas do Expresso pediram para ver os contratos de trabalho de Fernando Santos, o que foi negado pela anterior direção da Federação.
Perante a decisão dos tribunais de que os contratos deviam ser públicos, a Federação então liderada por Fernando Gomes apresentou sempre recurso na instância superior, até chegar ao Tribunal Constitucional.
Com esta decisão da direção de Pedro Proença de desistir do recurso, a Federação está na prática a tornar públicos os contratos de Fernando Santos, das várias equipas técnicas nacionais e dos membros da direção, entre outros. O que faz, garante, «em nome das melhores práticas da transparência».
Comunicado na íntegra:
«A Federação Portuguesa de Futebol informa que a Direção deliberou, de forma unânime, apresentar desistência do recurso interposto para o Tribunal Constitucional quanto às sucessivas decisões, nas mais diversas instâncias, relativas ao pedido de jornalistas do jornal Expresso para o acesso a um conjunto de documentos, nomeadamente os relacionados com os contratos assinados entre a Federação Portuguesa de Futebol e o ex-selecionador nacional, Fernando Santos, bem como os elementos da sua equipa técnica.
Em nome das melhores práticas da transparência, na defesa das quais a Direção da Federação Portuguesa de Futebol será sempre intransigente, a Federação Portuguesa de Futebol informou já a Direção do Expresso da decisão tomada.»