Reserva Federal norte-americana sobe juros em 25 pontos base

Agência Lusa , WL
1 fev 2023, 19:22
Poupar dinheiro e recursos (foto: Pixabay/DR)

Banco central norte-americano voltou a desacelerar o ritmo de subida

A Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciou hoje um aumento de 25 pontos base da taxa de juro diretora, para um intervalo entre 4,50% e 4,75%, um abrandamento face à subida de 50 pontos base na última reunião.

"O Comité [FOMC] procura alcançar o pleno emprego e uma inflação próxima de 2% no longo prazo. Para apoiar esses objetivos, o Comité decidiu subir a taxa dos fundos federais para um intervalo entre 4,50% e 4,75%", anunciou hoje o banco central norte-americano, em comunicado, após o fim da reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Depois de quatro reuniões consecutivas em que anunciou uma subida dos juros de 75 pontos base, o banco central norte-americano decidiu em dezembro uma subida de 50 pontos base, tendo novamente agora desacelerado o ritmo.

A Reserva Federal norte-americana quer "mais evidências" de que a inflação está a desacelerar "de forma sustentada", considerando que o trabalho ainda não está concluído, segundo Jerome Powell.

“Embora os recentes desenvolvimentos sejam encorajadores, iremos precisar de mais evidências para ter certeza de que a inflação está a desacelerar de forma sustentada”, disse o presidente da Reserva Federal norte-america (Fed), em conferência de imprensa, após a reunião de dois dias do banco central.

Apesar de desacelerar o ritmo, Jerome Powell apontou para novos aumentos adicionais nas taxas de juro para chegar ao patamar que consideram "suficientemente restritivo".

Enfatizando que "a inflação continua alta" e que o impacto das alterações da política monetária leva algum tempo a refletir-se, Jerome Powell considerou “que seria muito prematuro declarar vitória ou pensar que realmente" se conseguiu reduzir a inflação.

Para o presidente da Fed, é “muito difícil” gerir o risco de “fazer pouco e descobrir em seis ou 12 meses” que o banco central esteve “perto”, mas não conseguiu fazer o seu trabalho.

Jerome Powell apontou que nos serviços ainda não se verifica a trajetória descendente de inflação, nomeadamente na habitação: “Não o vemos, ainda não está a acontecer”, frisou, sublinhando o elevado grau de incerteza.

Questionado sobre a taxa terminal, admitiu que as previsões poderão ser atualizadas na próxima reunião.

“Na reunião de março atualizaremos essas avaliações. Não as atualizamos hoje. No entanto, continuamos a dizer que acreditamos que os aumentos de taxa em curso serão apropriados para obter uma postura de política suficientemente restritiva para trazer a inflação de volta para 2%”, disse.

O banco central refere ainda que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está a provocar enormes dificuldades humanas e económicas, o que está a contribuir para uma elevada incerteza global.

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