Autoridades de Saúde recolhem carraças em Bragança após morte provocada por febre hemorrágica da Crimeia-Congo

23 ago, 12:24
Bebé de cinco meses está internada no hospital de Bragança desde que nasceu

Doente com mais de 80 anos, português e residente no distrito de Bragança acabou por morrer no hospital. Doença é transmitida por carraças

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou em comunicado "que a 14 de agosto de 2024 foi identificado o primeiro caso laboratorialmente confirmado de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC), em Portugal."

O doente "realizou atividades agrícolas durante o período de incubação, teve início de sintomas a 11 de julho de 2024, tendo sido admitido no Hospital de Bragança por sintomatologia inespecífica e acabou por falecer".

A doença só foi detetada após a morte, através de amostras biológicas que foram testadas pelo Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

"Perante o alerta, as Autoridades de Saúde iniciaram a investigação epidemiológica e a implementação de medidas adequadas, incluindo a identificação de contactos. Da investigação epidemiológica realizada, o caso não tinha histórico de viagem para fora do país, tendo participado em algumas atividades ao ar livre na área de residência. Não foram identificados contactos com eventuais sintomas nem casos adicionais da doença. Estão ainda em curso as investigações entomológicas reforçadas para recolha de carraças no distrito de residência do caso, em articulação com as Autoridades de Saúde e o INSA, assim como o seu estudo sobre a eventual deteção de carraças infetadas com o vírus FHCC", adianta a nota.

A Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) é uma doença transmitida por carraças infetadas pelo vírus, nomeadamente as da espécie Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum, que se encontram dispersas em diferentes municípios do país.

 

 

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