Atual presidente do FC Porto sublinhou ainda o papel de Pinto da Costa nessa vitória
No âmbito da celebração do Dia do FC Porto, o presidente do clube, André Villas-Boas, teceu declarações curiosas sobre os 20 anos do triunfo da Liga dos Campeões e da Taça Intercontinental, na Tribuna VIP do Estádio do Dragão.
Na altura, Villas-Boas era olheiro de José Mourinho na equipa principal e era chamado de «Robsonzinho», em alusão a Bobby Robson, antigo mentor de Mourinho. O dirigente recordou o seu papel na preparação dos jogos da Liga dos Campeões.
«Passaram 20 anos de dois nomes que ficaram tatuados na pele do Dragão: Gelsenkirchen e Yokohama. 2004, que ano, que saudades. Como participei mais ativamente na caminhada de Gelsenkirchen, deixo aqui algumas das minhas memórias como olheiro de José Mourinho, tinha eu 27 anos. Sócio do FC Porto e treinador das camadas jovens tornado olheiro da equipa principal. Nome de código: Robsonzinho. Analisei in loco os adversários em três jogos diferentes. Partizan, Real Madrid, Marselha, seguidos de Manchester United, Lyon, Corunha e Mónaco levaram-me a percorrer a Europa de papel e caneta no bolso», recordou.
«Deixámos pelo caminho grandíssimos jogadores, mas quando chegava a hora de ver se alguém tinha levado os relatórios para casa, estavam todos nos cacifos ainda. No entanto, era no vídeo que se prendia a atenção, pelo conteúdo técnico ou tático ou porque terminava sempre com uma sátira sobre alguém da equipa, o que fazia as delícias de todos», disse ainda, bem humorado.
Perante alguns ilustres convidados como Jorge Costa, Pedro Mendes, Maniche, Ricardo Quaresma e Ricardo Fernandes, Villas-Boas não esqueceu o papel de Pinto da Costa para essas conquistas.
«Nessa equipa vivia-se um propósito bem vincado e uma confiança sem paralelo, com Jorge Nuno Pinto da Costa à cabeça, suportado pela mestria de um treinador português astuto e diferenciado como José Mourinho e por um conjunto de jogadores que recordamos com nostalgia e que faziam as delícias dos adeptos», afirmou.
Villas-Boas diz que «as bancadas transbordavam fé azul e branca» nesse primeiro ano do Estádio do Dragão após terem deixado as Antas, e projeta a mesma a «unidade e vitória» como a principal receita de sucesso para o futuro.
O presidente do FC Porto destacou ainda na sua intervenção a importância do Dia do Clube. «Não fosse nesta maravilhosa casa batizada Estádio do Dragão, diria que estávamos diante de uma nostálgica tertúlia à moda do Porto, feita por gente que pensa e quer o bem do FC Porto, gente que se dedica a viver e a sentir o FC Porto», referiu.