Presidente avançou com meio milhão de euros para fazer face a despesas urgentes de tesouraria
André Villas-Boas explicou esta sexta-feira porque avançou com o empréstimo de meio milhão de euros ao FC Porto, numa revelação feita pelo Relatório e Contas anual da SAD portista.
«O meu empréstimo foi uma resposta a uma situação urgente de tesouraria, que obrigava a resposta imediata. Disponibilizei-me enquanto associado para fazer face a essa crise de tesouraria em determinado momento», garantiu Villas-Boas, numa sessão que decorreu no Estádio do Dragão.
«Fi-lo de coração aberto e, como portista que sou, voltaria a fazê-lo em caso de necessidade.»
O presidente do FC Porto assumiu também que estava «mais ao menos à espera» dos resultados negativos.
«Os resultados foram amplamente debatidos durante a minha campanha eleitoral. Estávamos relativamente à espera do que poderia acontecer, temos um período muito curto de atividade, onde nos dedicámos a resolver os problemas de tesouraria, que foi o que criou mais impacto. Tivemos de agir proativamente com os sócios, que nos ajudaram. Estávamos mais ao menos à espera, mas claro que ninguém gosta de receber a notícia de que não tínhamos nenhuma liquidez disponível para fazer face às despesas correntes da SAD», salientou.
Villas-Boas adiantou ainda que o objetivo da SAD azul e branca passa por liquidar dívidas a curto-prazo.
«O nosso objetivo é continuar a liquidar dívidas com clubes, agentes e fornecedores. Temos, até 31 de dezembro, uma série de responsabilidades com clubes, de compras da administração anterior, mas também compras deste último mercado [de transferências]», concluiu.