A paciência coletiva do dragão e a irreverência individual de Gonçalo Borges
A FIGURA: Gonçalo Borges
Tem ainda alguns problemas na definição que levam até os colegas a desesperar em certos momentos, mas Gonçalo Borges vai ganhando pontos nesta pré-época. Num jogo que não foi jogado propriamente a um ritmo muito alto, o extremo foi o agitador de serviço. Não teve medo de rematar – certamente confiante depois do golaço que anotou diante do Áustria de Viena – e foi sobretudo no drible que se destacou. Apesar de nem sempre decidir bem, a definição na assistência para o golo de Namaso é de grande qualidade.
O MOMENTO: a paciência para o golo de Grujic, minuto 33
De uma bola parada inofensiva saiu o primeiro golo do FC Porto, após uma bela jogada. A bola rodou por vários jogadores, sempre sem qualquer precipitação, até que se encontrasse o melhor momento para atacar a baliza: Martim Fernandes cruzou e Grujic cabeceou para o fundo das redes.
OUTROS DESTAQUES
Martim Fernandes
Jogou na esquerda, uma posição que não lhe é natural, mas nem por isso deixou de corresponder. Defensivamente concentrado – só na reta final permitiu que um adversário lhe ganhasse a frente –, Martim Fernandes é um lateral moderno, capaz de desequilibrar no ataque de várias formas. Evoluído tecnicamente e criterioso, o jovem enquadrou-se bem no momento ofensivo do FC Porto. A cereja no topo do bolo foi a assistência para Grujic.
Marko Grujic
Vai merecendo a confiança de Vítor Bruno, agora num papel mais de segundo médio. Jogou ao lado de Alan Varela e tentou sempre não complicar o jogo do FC Porto, tarefa que desempenhou com sucesso. Curiosamente, foi no ataque que conseguiu destacar-se, com o golo de cabeça e outro lance de bola parada em que ameaçou a baliza. É um dos seus pontos fortes.
Danny Namaso
Nem sempre esteve ligado ao jogo, apesar das várias tentativas até de baixar linhas e participar no momento com bola na equipa. Ainda assim, sai com pontos deste particular, já que fez o que é pedido a um avançado: golos.