Sérgio Conceição espera «rivais fortes» e vê Benfica com «nova vida»

Ricardo Jorge Castro , Olival, Vila Nova de Gaia
29 jul 2022, 13:39

Treinador do FC Porto diz que é preciso «andar no limite» para ganhar

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, já virou a página depois do título nacional e da conquista da Taça de Portugal em 2021/22 e assumiu que «não há anos iguais» nem «jogos iguais», estando à espera de uma época exigente, com um Sporting consistente fruto do trabalho com Ruben Amorim há mais de dois anos e um Benfica com «nova vida» com Roger Schmidt ao comando.

«Sem dúvida, não há anos iguais, não há jogos iguais. Vamos encontrar rivais fortes, consistentes. Estou a falar, por exemplo, do Sporting, que já leva algum tempo com o mesmo treinador, o Benfica que mudou e que tem estas novas contratações, novo treinador, nova equipa técnica, nova vida e nós temos de ir à procura de andar no limite, é o mínimo que podemos fazer», começou por dizer, sobre a competitividade esperada em 2022/23.

O treinador do FC Porto diz que o discurso desde o primeiro dia da nova época mudou, até porque a equipa, mesmo tendo ganho três ligas em cinco anos desde que Conceição chegou, ainda não conseguiu o título nacional em dois anos consecutivos com o atual técnico.

«Ganhámos, somos os atuais campeões, detentores da taça e o primeiro discurso no balneário teve exatamente a ver com isso: nos cinco anos que estamos aqui, num ano ganhámos, no outro não, depois ganhámos, não ganhámos e depois ganhámos. Aqui há alguma coisa que chamou a atenção e logo no primeiro dia começámos a ter um discurso diferente do que foi no ano passado. Temos de andar sempre à procura de sermos os melhores no que nos compete, no nosso trabalho, andar no limite e à procura do que é mais positivo para a equipa», concluiu.

Os castigos e o mercado

Sem poder contar com Diogo Costa, Fábio Cardoso, Otávio, David Carmo e Wilson Manafá para a Supertaça ante o Tondela por castigo, ainda que Manafá continue lesionado, Conceição admitiu que «não contava» com o «timing dos castigos».

«Os castigos apareceram e os nossos jogos de preparação foram, nomeadamente os últimos dois com o Gil e o Arouca no Olival e o jogo de apresentação com o Mónaco, a pensar neste jogo da Supertaça. Depois, na semana, no microciclo que iniciámos na preparação mais específica sobre o adversário que vamos ter, aparecem esses castigos e não contava com esse timing desses castigos, uma opção ou outra para o jogo que não tenho. Também não vou dizer se é certo ou não o castigo, não sou nenhum jurista isento, nomeadamente do Conselho de Disciplina da Federação para me pronunciar sobre isso, sou treinador e comento as opções que tenho», afirmou Conceição.

Na reta final da conferência de imprensa de antevisão à Supertaça, Conceição voltou a deixar «o mercado à porta do Olival», em resposta ao que ainda pode acontecer nesta janela de transferências e justificou o facto de não ter falado à comunicação social durante a pré-época.

«O culpado provavelmente também sou eu, porque passei todo este tempo sem falar. Acho que, quando se ganha, há pouco a dizer, sinceramente. Falar em cima da vitória, no que eu sou, acho que começa a cansar um bocadinho. Nesta pré-época fiz questão de também não falar, porque acho que há que concentrar no trabalho e na preparação da nova época, há muita coisa a fazer. Provavelmente o culpado sou eu, porque podia, dentro da vossa curiosidade em alguns temas que chamamos mais quentes e que criam mais polémica, falar deles, mas sinceramente, na minha opinião, é uma falta de respeito para com o Tondela e a sua equipa», considerou.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Mais Lidas

Patrocinados