FC Porto-Gil Vicente, 3-0 (destaques)

Samuel Santos , Estádio do Dragão, Porto
10 ago, 22:56

Galeno e Martim distribuíram lições, enquanto dupla espanhola reforçou lugar

FIGURA DO JOGO: Galeno

Dominou o corredor esquerdo, recuperando a posse, principiando a transição ofensiva e, inclusive, sendo a referência mais adiantada. Pleno de resistência, assinou uma lição sobre como atacar sem descurar o processo defensivo. Por certo, ao cuidado de Wendell e João Mário.

Ainda que seja infinitamente útil no ataque dos dragões, a titularidade de Galeno a defesa até permitiu a Gonçalo Borges, Iván Jaime e Namaso continuarem a acumular experiência.

O «Senhor Champions» é protagonista em qualquer competição, sobretudo com espaço para dobrar adversários e convidar à intervenção dos colegas. Face ao momento de forma, até importa colocar pontos de interrogação sobre a continuidade do brasileiro na Invicta.

MOMENTO DO JOGO: um penálti inesperado para desbloquear

O 1-0, assinado por Galeno, de penálti, surgiu na sequência de uma mão na bola, do defesa Buatu. O lance, aparentemente normal, foi revisto pelo VAR.

Em desvantagem, o Gil Vicente foi forçado a atacar, entregando sucessivas oportunidades aos dragões. Apesar de algum desconforto no arranque do segundo tempo, os comandados de Vítor Bruno aproveitaram a fragilidade dos «Galos» para aplicar o segundo e terceiro golo.

Em suma, a dificuldade de os dragões traduzirem o domínio em vantagem foi resolvida por um penálti, quase caído do céu.

 

Consulte, aqui, a crónica desta partida.

Outros destaques.

Martim Fernandes: seguro, veloz e autoritário. Fez, à direita, quase tanto quanto Galeno do outro lado. O jovem lateral terá deixado João Mário com sérios motivos para se preocupar, uma vez que os erros foram raríssimos. Seguro atrás e pragmático à frente, Martim é uma das várias certezas na marca de água de Vítor Bruno.

Nico González: por vezes a unidade mais adiantada dos dragões, o médio acumulou oportunidades para marcar, numa época em que revela uma «guelra» ofensiva distinta. Sempre oportuno no momento de construção, o espanhol compensa o posicionamento de Namaso, que apoiou Borges no corredor.

Gonçalo Borges e Namaso: a vontade não resolverá o escasso pragmatismo. Ainda que tenham assistido e marcado, respetivamente, os jovens avançados estragam as investidas com hesitações, por vezes com uma finta ou um toque a mais. São promissores e destemidos. E talentosos. Todavia, terão de ser mais confiantes para agarrar a titularidade, sobretudo quando Pepê, Evanilson e Conceição entrarem em equação no «onze» de Vítor Bruno.

Iván Jaime: ganhou uma nova vida. É aplaudido pelo «Tribunal do Dragão» e camisolas do espanhol não faltam nas bancadas. A inteligência posicional e os cruzamentos precisos são o principal cartão de visita. Ademais, visita o meio para apoiar Varela e Nico, e servir os laterais. É um jogador completo, cuja altura ou envergadura não «beliscam» o potencial. Será chave na época dos portistas. Leva dois jogos a marcar e está, quase sempre, no «olho do furacão».

Félix Correia: o mais destemido do Gil Vicente. Recuado à respetiva área para recuperar a posse e acelerar para o ataque, ainda ameaçou problemas à linha defensiva dos dragões. Mas, desapoiado, pouco conseguiu criar. Foi prejudicado pela má noite de Fujimoto e pela falta de entrosamento com Aguirre.

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