Intermitência, fogo brando e um pé na Invicta
Uma primeira parte de mínimos foi escassa para o FC Porto selar a estreia a vencer no Mundial de Clubes. Desta feita, em Atlanta, os dragões foram derrotados no reencontro com Messi (2-1).
O desaire atira os portistas para uma missão “espinhosa” para a terceira e derradeira jornada do Grupo A.
Na noite desta quinta-feira, Martín Anselmi repetiu o “onze” do nulo com o Palmeiras, enquanto Javier Mascherano apostou no defesa Weigandt e no médio Cremaschi, em detrimento de Tomás Aviles e Redondo. Entre os titulares esteve Telasco Segovia, venezuelano ex-Casa Pia.
Recorde o desenrolar deste duelo.
Após um arranque superior do Inter Miami – com Cláudio Ramos a negar o golo a Luis Suárez ao terceiro minuto – os dragões viram um penálti surgir na primeira incursão ofensiva. Da direita para o meio, João Mário foi pisado por Allen, entregando a Samu a responsabilidade de inaugurar o marcador.
Decorria o oitavo minuto quando o avançado espanhol rematou para a esquerda e superou o voo de Ustari. E assim surgiu o 26.º golo de Samu pelo FC Porto, no 44.º jogo.
A vantagem embalou o FC Porto para a mó de cima, uma vez que os norte-americanos acusaram a pressão e “ofereceram” o controlo da posse. Ainda assim, os dragões não empurraram os adversários para a respetiva área, pelo que Messi, Suárez e Cremaschi protagonizaram os sucessivos contra-ataques.
Em simultâneo, os portistas procuravam Samu na profundidade, mas sem critério.
Até ao intervalo, o FC Porto cresceu, embalado pela subida de Martim Fernandes e pela definição de Gabri Veiga. Em cima do minuto 40, Rodrigo Mora tricotou na área e superou a mancha de Ustari, mas viu Falcón evitar o 2-0.
Pouco depois, aos 44 minutos, Alan Varela encheu o pé fora da área, no corredor central, mas o poste esquerdo impediu a festa. Os pupilos de Anselmi viviam, claramente, o melhor momento.
Seguiu-se o descalabro. No regresso dos balneários, o Inter Miami repetiu o bom arranque, enquanto o FC Porto se eclipsou. De tal forma que o lateral Weigandt cruzou pela direita e Segovia “desfilou” até ao coração da área, restabelecendo o empate. Estavam decorridos 47 minutos quando o ex-Casa Pia lançou a “remontada”.
Ainda o FC Porto se recompunha quando Messi voou na direção de Marcano, conquistando um livre à entrada da área. Determinado a levantar o estádio, o astro argentino atirou para o ângulo esquerdo, sem hipóteses para Cláudio Ramos.
Tal como em agosto de 2011, na Supertaça Europeia com o Barcelona, Messi foi decisivo.
Entre trocas, os dragões não mais se reencontraram, até porque vários elementos – Fábio Vieira, Martim Fernandes, Samu, Francisco Moura, entre outros – desapareceram. Até final, o Inter Miami tornou-se compacto na defesa e permaneceu veloz no contra-ataque, com Picault e Messi a obrigarem Cláudio Ramos a novas paradas, aos 90+8 minutos.
Era o espelho de um FC Porto desalentado.
Assim, Messi e companhia juntam-se ao Palmeiras no topo do Grupo A, com quatro pontos, três de vantagem sobre os portistas. Por isso, na última ronda, a turma de Anselmi precisa de vencer o Al Ahly – por mais de dois golos – e esperar que o Palmeiras perca.
O FC Porto regressa a Nova Jérsia na madrugada de terça-feira (2h), para jogar ante os egípcios, que também leva um ponto. Em simultâneo, em Miami, o Inter defronta o Palmeiras.