Treinador do FC Porto reconhece problemas defensivos, já com doze golos sofridos em dez jogos oficiais
O FC Porto tem revelado uma organização defensiva pouca eficaz, com doze golos consentidos, nos dez jogos que já realizou esta temporada, em todas as competições, mas Vítor Bruno faz questão de separar este problema nos jogos da Liga, com apenas três golos consentidos, dos dois jogos na Liga Europa, em que a equipa já sofreu seis golos.
«Depende de como olharmos para o copo. Se olharmos para a Liga Europa, podemos ter esse tipo de análise, mas se olharmos para a Liga nacional a análise, se calhar, é diferente. Três golos sofridos em sete jogos. Na Liga Europa é diferente, sou o primeiro a não querer sofrer golos. Todos os treinadores procuram guardar a baliza a zero e eu não fujo à regra», destacou o treinador na conferência de imprensa de antevisão do jogo deste domingo com o Sp. Braga.
Para o treinador, o problema defensivo pode estar na forma como a equipa ataca. «Gosto que a minha equipa tenha solidez defensiva. A forma como estamos a atacar, se calhar, está a fazer que aconteça em determinado momento aquilo que tem acontecido. São as tais dores de crescimento que eu falo. O poder estar alto no campo, o poder meter muita gente a participar momento da equipa com bola, ter os centrais mais expostos», referiu.
Apesar de tudo, Vítor Bruno relativiza o problema e diz que não é exclusivo do FC Porto. «Se fosse só FC porto. O Vitória, quando jogámos em Guimarães, também era a melhor defesa da Liga e sofreu três golos. Não é por isso que deixou de defender bem. O Sporting tem a melhor defesa da Liga neste momento, mas contra nós, sofreu quatro golos na Supertaça. É preciso olhar para cada jogo e perceber o porque é que aconteceu», destacou.
Apesar de tudo, Vítor Bruno diz, treino a treino, que tem procurado que a equipa melhore o registo defensivo. «Procuramos fazer isso e compensar pequenos desequilíbrios que possamos encontrar a espaços, pontualmente, em determinado momento do jogo e levar a treino, corrigir, voltar ao treino, voltar a corrigir, voltar a errar, voltar a corrigir, tentando andar sempre mais próximo daquilo que é a perfeição. Sabemos que dessa forma estamos mais perto de ganhar e não sofrer golos. Isso é o que nos guia. Vão continuar a haver erros, mas dá-me conforto saber que o caminho está a ser bem percorrido», destacou ainda.