Vítor Bruno: «Gesto de Pepê foi o maior hino ao futebol que tivemos hoje»

3 nov, 23:04
FC Porto-Estoril (MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA)

FC Porto-Estoril, 4-0 (reportagem)

Vítor Bruno, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, depois da goleada ao Estoril (4-0), em jogo da 10.ª jornada da Liga:

Mais uma goelada, a segunda consecutiva no campeonato. A equipa volta anão sofrer golos, sexta vitória consecutiva. Ainda assim, a equipa desperdiçou alguns golos. Satisfeito?

«Foi uma vitória justa, por números claros que, como disse, podia ter mais um ou outro golo. A nossa baliza guardada a zero novamente, é algo que procuramos construir cada vez de forma mais alicerçada, com bases fortes e sólidas. A partir do 2-0 sentiu-se a equipa a abrandar um pouco, mas o abrandar, às vezes, é no sentido também de chamar o adversário, de atraí-lo, para depois descobrir espaços mais à frente. As vezes ficamos todos impacientes e queremos que a equipa jogue sempre para a frente, é verdade que a situação podia ter sido mais rápida. Começamos a sentir dificuldade em ter os nossos médios por dentro e só o conseguiríamos se jogássemos mais rápido a toda a largura num primeiro momento.  Falámos nisso ao intervalo e aumentámos a velocidade na segunda parte, fazendo naturalmente o terceiro e o quarto golo. No fundo o mais importante foi conseguido, uma boa exibição, um jogo sólido. A equipa sente-se que respira cada vez mais confiança e isso deixa-me muito contente».

Os jogadores que lança também têm influência no resultado. O Varela saiu pelo amarelo, estava a senti-lo condicionado?

«Precisamente por isso, sentimos que não era o verdadeiro Varela,e stava ligeiramente condicionado e sempre co  algum travão de mão naquilo que eram as abordagens dele e o futebol de alta competição não se compadece com esse tipo de abordagens. Não é que o Varela não o faça de forma consciente ou intencional, mas podia estar retraído pela questão do quarto amarelo. Entre ter o Varela a meio gás ou ter um Eustáquio a gás inteiro, preferimos lançar o Stephen».

Estamos num ciclo em que o FC Porto está a jogar a cada três dias. Não tem tido conferências de imprensa marcadas, é para conseguir mais tempo para estar coma equipa?

«Não, não tem a ver com isso, fizemos o lançamento na mesma, dedicamo-lo foi num espaço diferente. Não fugimos àquilo que o jogo seguinte, fizemo-lo no final do jogo com o Moreirense para a Taça da Liga. É uma opção da nossa parte no sentido deste curto espaço de tempo não estar permanentemente com mensagens para fora, quando aquilo que é importante é que sejamos muito consumidos por aquilo que é nossos e o que tem de ser a nossa energia diária».

A partir de dia 11, segunda-feira, será o único treinador dos quatro primeiros que continua em funções. É uma vantagem?

«Convém não falar muito alto, o presidente por ter alguma ideia e fazer-me também seguir o meu destino. Não é vantagem. O Bruno Lage é conhecedor do Benfica, o míster Carvalhal também é conhecedor do Braga e quem for para o Sporting também será conhecedor daquilo que se passa no futebol português. Por isso, acho que estamos todos em pé de igualdade».

Duas palavras finais, uma para Ruben Amorim, outra para Pepê, com o gesto que teve na primeira parte quando o Pedro Amaral se lesionou.

«Acho que se calhar é o maior hino ao futebol que tivemos aqui hoje. Posso ser criticado pelo que estou a dizer agora, mas gosto muito que os meus jogadores sejam honestos. Honestos com eles, com os adversários e com quem está a ver o jogo. Acho que teve a decisão certa e mais à frente foi recompensado pelo gesto que teve».

«Em relação ao Ruben, ele está cá ainda, vai competir desejo-lhe toda a sorte do mundo, exceto no momento da Liga Europa se nos cruzarmos novamente. Era um bom sinal que, mais à frente, podíamos estar numa fase mais adiantada da prova».

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