«Vejo Pepe a lançar-se num contra-ataque e a correr mais do que eu com 26 anos»

23 mar 2023, 19:39
Cyle Larin (Besiktas) - extremo-esquerd, 26 anos: €11M

Entre elogios a Conceição, o luso-canadiano recordou o «túnel» a De Bruyne e falou da "lição" que Modric lhe deu no Mundial 2022

Aos 40 anos, Pepe continua a apresentar-se a um nível altíssimo. Stephen Eustáquio partilhou alguns dos segredos para a longevidade e qualidade exibida pelo colega de equipa no FC Porto.

«Nem sei se ele tem 39 ou 40 anos, mas sei que nunca perde um treino. Não é dos jogadores que relaxa ou que se poupa nos treinos. É incrível. Às vezes, durante o jogo, vejo-o a lançar-se num contra-ataque e a correr mais do que eu com 26 anos e do que alguns colegas com 22. A forma como trabalha sempre, consegues ver isso, o estilo de vida que tem, o que faz no centro de treinos, é incrível. É um dos melhores profissionais que já vi na minha carreira», disse o luso-canadiano, ao podcast «The Minute 90».

O médio revelou ainda que conselhos recebeu de Pepe antes da participação com o Canadá antes do Mundial 2022. «Ele deu-me alguns conselhos. Disse que era uma competição diferente de todas as outras e para aproveitar porque no Canadá não teria a mesma pressão de Portugal, que jogava para ganhar a prova», contou.

Durante a participação no Mundial, os canadianos mediram forças contra a Bélgica e a Croácia. Eustáquio viajou no tempo e relembrou os duelos contra Kevin de Bruyne e Luka Modric, dois dos melhores médios do futebol atual.

«Joguei contra o De Bruyne, mas corri atrás do Modric (risos). Não consegui jogar... É incrível como ele domina tudo à volta dele, como dita os ritmos e controla tudo. Esse jogo foi uma lição para mim. Foi mais aprender com ele do que jogar contra ele. Se estiver num dia bom é quase impossível condicioná-lo. Espero poder fazer melhor em 2026, não contra ele que não deve estar, mas contra outros jogadores desse nível», atirou, antes de lembrar o túnel que fez ao belga do Man. City.

«Tive sorte, acho [risos]. Foi especial, obviamente, todos viram. Recebi muitas mensagens depois do jogo. Mas são coisas normais que acontecem em campo. Vi a perna esquerda dele um pouco aberta, surgiu a oportunidade e foi tudo natural... Depois o passe, treinamos esse tipo de lances no FC Porto. Tenho a finta gravada no meu telemóvel [risos]. Teria sido fantástico se acabasse em assistência, mas vamos continuar a tentar.»

Por último, o jogador de 26 anos explicou a evolução que teve desde que chegou ao Dragão e atribuiu esse mérito a Sérgio Conceição.

«Quando cheguei ao FC Porto corria cerca de 11 ou 12 quilómetros por jogo, mas era sempre no lado defensivo, corria muito para trás. Corria muito, mas não marcava golos nem fazia assistências. O Sérgio Conceição disse-me que corria muito e que tinha que usar essa capacidade também no meio-campo ofensivo. Foi o que tentei aprender. O golo que marquei ao Atlético de Madrid é um bom exemplo do que consegui melhorar no meu jogo. Sinto que sou um jogador melhor hoje em dia. Ser um médio que tem golo e faz assistências, valoriza-me. Antigamente limitava-me a ser um médio mais defensivo, agora sinto-me um "box to box"», apontou.

 

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