Champions: Inter-FC Porto, 1-0 (crónica)

22 fev 2023, 22:21

Na Europa dos milhões é o banco que faz a diferença

O FC Porto perdeu com o Inter (1-0), mas saiu vivo esta noite de Milão e pronto para a desforra a 14 de março no Dragão.

Um golo de Lukaku nos cinco minutos finais, quando os dragões enfrentavam com menos um homem o assalto final interista, acabou por derrubar a resistência dos campeões nacionais.

A diferença esteve e está no banco. É por aí que se decidem estes jogos de milhões (vale 10,6 milhões de euros a passagem) na alta roda do futebol europeu.

Nos dois sentidos. Se, por um lado, Sérgio Conceição é mais treinador do que Simone Inzaghi e soube controlar o jogo em casa do adversário, sobretudo na segunda parte, por outro, a verdade é que o Inter tem um plantel de luxo. Assim sendo, no aperto, lançou para o jogo ilustres internacionais de seleções europeias como Lukaku, Brozovic, Gosens ou Dumfries.

Conceição bem podia olhar para o lado que não tinha sequer parecido para conter o ímpeto dos transalpinos.

Ainda assim, o técnico portista teve boas notícias logo de início, como antecipara na antevisão: Otávio, Galeno e Uribe recuperaram fisicamente e foram titulares.

Galeno saiu lesionado (aos 51m) para dar lugar ao também recuperado Evanilson, Otávio foi expulso por acumulação (aos 78m) – vai falhar a segunda mão – e Uribe fez um jogão durante 90 minutos.

São Diogo, o milagreiro

A verdade é que o FC Porto entrou a pressionar a saída de bola e a espaços controlou o jogo na primeira parte. Acabaria por ser salvo por São Diogo Costa, que com uma defesa incrível «de andebol» evitou o golo dos italianos quase em cima do intervalo.

Com o segundo tempo, o 4-4-2 do FC Porto estendeu-se e colocou em dificuldades o 3-5-2 de um Inter que teve em Barella e Çalhanoglu os mais influentes na zona intermediária, enquanto Lautaro Martínez colecionava desperdícios. Aos 57m, em três tentativas no mesmo lance o FC Porto não conseguiu de forma inacreditável desfeitear Onana: Zaidu falhou duas vezes, Taremi uma. E o iraniano teve mais um par de ocasiões para chegar ao golo (remates aos 55m e 74m), antes de sair fatigado numa altura em que Conceição decidiu-se por pôr trancas à porta, colocando Wendell a fechar na esquerda à frente de Zaidu para segurar nos momentos finais.

Inter-FC Porto: ficha e filme do jogo

Não chegou para segurar o nulo, porque aos 86m o irrequieto Barella, que visou por várias vezes a baliza azul e branca, acabou por descobrir Lukaku no meio dos centrais, com o belga a acertar primeiro no poste antes de emendar para o golo que fez a diferença no marcador. Logo em seguida Diogo Costa voltou a ser milagreiro ao defender com a cara uma bomba de Lukaku.

O FC Porto voltou a perder, 22 jogos depois. Num jogo em que acabou por ter menos remates (18-10), menos posse de bola (57%-43%) e menos felicidade também.

O castigo, ainda assim, não retira a esperança ao FC Porto na qualificação. Dentro de três semanas há uma desforra marcada para o Dragão. Mesmo que possa não ter argumentos para um recital, sem Otávio a pegar na batuta, este FC Porto não se cansa de provar que jamais vira a cara à luta.

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