Pinto da Costa denuncia pressões para alterar relatórios de jogos realizados no Bessa

23 ago 2002, 20:01

Contra-ataque a Valentim Loureiro Presidente do F.C. Porto conta que a recusa valeu o afastamento dos delegados pela Liga.

Em conferência de imprensa e em resposta àquilo que considerou ser «um ataque» de Valentim Loureiro, Pinto da Costa agitou uma pasta de dossier, que folheou repetidamente, e disse estar na posse de «relatórios sobre incidentes ocorridos no Bessa, que os delegados aos jogos foram convidados a alterar e, por não o fazerem, foram dispensados».

Os documentos, que prometeu facultar, «com todo o gosto», ao presidente do Conselho de Justiça da Federação, tinham-lhe sido entregues cerca de meia hora antes por delegados recentemente afastados pela Liga, que o presidente do F.C. Porto preferiu não identificar, assegurando nada ter feito para que o acesso aos relatórios lhe fosse franqueado. «Não lhes telefonei, não lhes falei. Eles é que me procuraram», garantiu Pinto da Costa.

Repetindo o que lhe tinham jurado minutos antes, o presidente portista contou que um dos delegados que assistira a incidentes ocorridos num jogo disputado no Estádio do Bessa foi chamado por Óscar Fernandes e que o coordenador de delegados da Liga, delegado e assessor da comissão executiva lhe fez uma especial solicitação. «Disse-lhe: ¿Vê lá o que escreves. O presidente é filho do patrão¿», relatou Pinto da Costa.

O delegado, que não retirou uma vírgula ao que já havia escrito, foi dispensado, acrescentou Pinto da Costa, que aconselhou vivamente Valentim Loureiro a desistir de «fazer guerras» com o F.C. Porto.

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