Fernando Madureira entre os visados
O FC Porto emitiu um comunicado, nesta quarta-feira, em que anuncia processos disciplinares sobre os associados acusados na Operação Pretoriano, que visou as claques portistas, nomeadamente os Super Dragões. A direção liderada por André Villas-Boas diz que as sanções vão variar «tendo em conta a gravidade dos incidentes e comportamentos em causa».
Exemplos são Fernando Madureira, antigo líder da claque, que vai responder por 31 crimes no âmbito deste processo, mantendo-se em prisão preventiva. Já Vítor Catão vai permanecer em prisão domiciliária. Hugo Carneiro, também conhecido como 'Polaco', é outro dos visados, bem como a mulher de Fernado Madureira, Sandra.
«Na sequência das notícias que dão nota de que foi proferido despacho de acusação pelo Ministério Público a 6 de agosto de 2024, no âmbito da designada “Operação Pretoriano”», comunicou o clube, «vem a Direção do Futebol Clube do Porto informar que, nos termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 64.º dos Estatutos do Clube, irá proceder à participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados ao abrigo do referido processo com vista à instauração, instrução e decisão de competentes processos disciplinares.»
«Pretende a Direção do Futebol Clube do Porto que nestes processos sejam apuradas as devidas responsabilidades dos associados em questão e aplicadas as sanções disciplinares previstas nos Estatutos do Clube que se vierem a revelar apropriadas tendo em conta a gravidade dos incidentes e comportamentos em causa», terminam. A expulsão de sócio é uma possibilidade.
A 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas no âmbito deste processo, incluindo dois funcionários do FC Porto. Vários crimes estão a ser investigados, mas aquilo que instigou as detenções foram os incidentes verificados numa Assembleia-Geral extraordinária do clube.
Em causa estão crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.