FC Porto SAD com prejuízo de 9,9 milhões no primeiro semestre de 2022/23

28 fev 2023, 23:30
Estádio do Dragão

Apresentação de contas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

A SAD do FC Porto enviou nesta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários o Relatório e Contas do primeiro semestre da temporada 2022/23, onde se destaca um prejuízo de 9,891 milhões de euros.

Os proveitos operacionais excluindo proveitos com passes de jogadores, cresceram 12,047 milhões relativamente ao 1º semestre de 2021/2022, enquanto os custos operacionais aumentaram 17,475 milhões.

Os dragões registaram um valor positivo nos resultados operacionais, na ordem dos 1,430 milhões.

O passivo da SAD do FC Porto situava-se em 481,370 milhões de euros em 31 de dezembro de 2022 e «registou uma redução significativa, de 48,747 milhões, essencialmente devido à diminuição do valor global dos empréstimos, em 41,800 milhões, o que representa um corte de 15%, face a junho de 2022, do passivo remunerado do Grupo», salienta a SAD portista.

O ativo, refira-se, situava-se em 359,342 milhões de euros em 31 de dezembro de 2022.

Os capitais próprios, desta forma, registam um valor negativo de 122,028 milhões de euros, superior ao valor apresentado a 30 de junho de 2022 (111,668 milhões).

«Na sequência de prejuízos passados, em 31 de dezembro de 2022, o capital próprio encontra-se negativo (sendo por isso aplicáveis as disposições do artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais) e o passivo corrente é bastante superior ao ativo corrente. Estas condições indicam que existe uma incerteza material que pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade do Grupo em se manter em continuidade. Não obstante, tal como mencionado nas notas 2 e 3, as demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações, prevendo-se a manutenção do apoio financeiro das instituições financeiras e outras entidades financiadoras, nomeadamente através da renovação e/ou reforço das linhas de crédito existentes, bem como o sucesso futuro das operações de alienação de direitos de inscrição desportiva de jogadores, tal como previsto nos orçamentos de exploração e tesouraria, o qual é essencial para o equilíbrio económico e financeiro do Grupo e para o cumprimento dos compromissos financeiros e regulatórios assumidos. A nossa conclusão não é modificada em relação a esta matéria», conclui o auditor das contas azuis e brancas.

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