McCarthy: «Passei de conquistar a Champions ao meu pior pesadelo»

4 mai 2020, 22:36
Benni McCarthy: 2001-02

Sul-africano lembra época 2003/2004 com Mourinho, até à transição para Víctor Fernández

O antigo futebolista sul-africano Benni McCarthy afirmou que, da época 2003/2004 para 2004/2005, passou da conquista da Liga dos Campeões para um pesadelo, com a chegada do espanhol Víctor Fernández ao comando técnico dos azuis e brancos.

«Passei de conquistar a Champions para o meu pior pesadelo: estou a falar do pesado de Freddy Krueger [personagem de filmes de terror]. Víctor Fernández tornou-se treinador do FC Porto. Fui ter com o presidente e disse-lhe que tinha de ir embora, eles recusaram», afirmou, em declarações ao The Athletic, no fim-de-semana.

Tudo isto depois de uma época de ouro com José Mourinho, técnico com quem McCarthy trabalhou na época da conquista de Gelsenkirchen, ante o Mónaco, bem como em parte da temporada 2001/2002.

«Mourinho disse-me que podia falar com ele sempre. Comecei a chorar. Pensei: “uau”. Isso não me tinha acontecido na Europa. Ele estava a tratar-me como um filho e pensei: “não posso dececioná-lo”», atirou o sul-africano, hoje com 42 anos.

O ex-avançado dos dragões recordou ainda o momento em que Mourinho chegou ao FC Porto para substituir Otávio Machado, em janeiro de 2002. Na época seguinte, McCarthy voltaria ao Celta de Vigo, clube ao qual pertencia e que o cedeu meia época aos dragões, antes da chegada em definitivo pelos azuis e brancos um ano depois.

«Cheguei ao FC Porto em 2001, em má forma. Marquei na estreia e vencemos, mas depois o treinador [Otávio Machado] foi despedido. Não queria acreditar que o homem que me tinha levado para lá tinha sido demitido. Então o jovem [Mourinho] que o substituiu disse-me: “Benni, conheço-te, já te vi. Acho que és um jogador fantástico e quero que estejas comigo”», recordou McCarthy, que acrescentou o que lhe foi dito quando voltou ao FC Porto em 2003, de forma definitiva. «Os jogadores do FC Porto riram-se e chamaram-me filho de Mourinho», lembrou.

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