Tozé Marreco garante que os jogadores mantêm a cabeça levantada
Declarações de Tozé Marreco, técnico do Farense, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, após o empate (2-2), na 23.ª jornada da Liga:
[Comentário à partida]
«A primeira parte foi claramente toda nossa, o início da segunda também, para matar o jogo. Deveríamos ter feito mais golos, mesmo fazer dois fora de casa, fizemos várias situações de golo e poderíamos ter matado o jogo definitivamente. Não o conseguimos fazer e, na última meia hora, o FC Arouca chegou mais à frente. Com a pouca sorte que temos tido, levou ao empate.»
[Capacidade de resposta da equipa depois do Arouca estar em vantagem e de um golo anulado ao Farense]
«Depois de várias situações que não fizemos, depois de um golo anulado, de um outro golo que deveria ter sido anulado, depois de uma série de situações, a equipa está aí para a luta. Como disse na flash, estamos com pouca sorte nalgumas coisas, mas estamos aí fortes na luta e é até ao final».
[Moral do grupo]
«Estes rapazes, apesar de algumas circunstâncias que tem havido esta época, os rapazes nunca estiveram de cabeça baixa e bem. Há coisas que nos têm fugido do controlo, que são coisas que não conseguimos controlar, não é responsabilidade nossa. Já aconteceu no último jogo (derrota por 0-1 contra o FC Porto) também, em que perdemos, mas não havia nada a apontar aos rapazes. Eles nunca estiveram com a moral em baixo, nem eu nunca os deixo estar com a moral em baixo.
Tivemos uma série de derrotas, algumas absolutamente injustas. É insistir, o caminho é longo, tem sido uma caminhada bastante dura e com muitas circunstâncias que não conseguimos controlar. A moral, para mim, é relativa. Aquilo que eu sei é que os rapazes trabalham no limite, trabalham bem. A equipa está absolutamente forte e deu duas respostas inequívocas nestes últimos dois jogos. Temos de continuar, temos de remar contra esta pouca sorte que temos tido nas decisões. Estamos absolutamente preparados para o que aí vem, cada vez com mais e melhores opções. Isto vai ser uma luta até ao final e cada ponto pode ser decisivo.»
[Apoio forte dos adeptos, apesar da viagem longa]
«Disse sempre que são absolutamente decisivos. As pessoas não têm noção do clube que é o Farense, muita gente que está no futebol não tem noção do que representa o clube. A minha carreira como jogador não foi grande coisa, como treinador também não é ainda, mas nunca estive num clube assim. O apoio que temos, diário, é impressionante. Eu ando pelas ruas de Faro, ando lá todo o dia. Quando saio do (Estádio) S.Luís, do trabalho, faço as minhas coisas sempre ali à volta e sei bem do apoio que temos.
Vão ser decisivos, o (Estádio) S.Luís vai ser decisivo. Não temos tido ainda os melhores resultados ainda no (Estádio) S.Luís, mas vai ser decisivo. Eu só agradeço sempre, quando me abordam na rua, e abordam-me todos os santos dias. Agradeço muito este apoio, sabem do respeito e, ainda mais, a minha vontade de resolver este problema desta época, ainda mais é por esta gente que apoia e está à volta do clube.»