TAD mantém castigo a dirigente do Famalicão por assédio sexual e discriminação

1 fev 2023, 12:58
Samuel Costa (LinkedIn)

Samuel Costa foi condenado a ano e meio de suspensão e 3.060 euros de multa.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) manteve o castigo imposto Samuel Costa, dirigente do Famalicão, pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por comportamentos de assédio sexual e discriminação a duas futebolistas.

«O Colégio Arbitral decide, por unanimidade, julgar improcedente, por não provado, o pedido de revogação do acórdão que condenou o demandante e, em consequência, manter a decisão recorrida na parte que condena o demandante pela prática de duas infrações», refere a decisão arbitral do TAD, a que a agência Lusa teve acesso.

O TAD decidiiu manter a condenação imposta em novembro do ano passado pelo CD da FPF de ano e meio de suspensão, por três infrações muito graves, e 3.060 euros de multa.

Segundo o CD da FPF, Samuel Costa, que chegou ao Famalicão esta época, «exercia autoridade relativamente às jogadoras» e «adotou comportamentos ofensivos e discriminatórios em função da orientação sexual, causando-lhes por essa via prejuízos também no plano da prática desportiva».

O caso, que envolve também Miguel Afonso, o treinador de futebol feminino do Famalicão, remonta a setembro de 2022, quando futebolistas que alinharam na equipa feminina do Rio Ave em 2020/21 denunciaram ações de assédio sexual. Na sequência do processo instaurado pelo CD da FPF, Miguel Afonso foi suspenso por 35 meses e o diretor Samuel Costa por 18.

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