Israel diz que matou outro líder da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza

Agência Lusa , CE
7 ago 2022, 08:36
Israel conclui 'muro de ferro' com a Faixa de Gaza

Dois outros importantes membros do grupo foram mortos no ataque

Israel anunciou este domingo que matou Jaled Mansur, líder do braço armado da Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ) no sul da Faixa de Gaza, o segundo alto quadro do grupo a morrer na atual escalada desde sexta-feira.

A morte de Mansur, confirmada pela PIJ, foi o resultado de um ataque israelita na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

Dois outros importantes membros do grupo, incluindo o braço direito de Mansur, também foram mortos no ataque, de acordo com o exército israelita. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas.

Segundo um porta-voz militar israelita, Mansur foi um dos principais responsáveis pelo lançamento de foguetes em Israel durante a escalada de maio de 2021 e por múltiplos ataques a israelitas.

O anúncio da morte deste líder da Jihad ocorre no terceiro dia de violência na região, onde, segundo dados oficiais, já foram mortos 24 palestinianos.

Cerca de 20 membros do grupo palestiniano da Jihad Islâmica foram detidos durante a noite pelas forças de segurança israelitas na Cisjordânia ocupada, território palestiniano ocupado pelo Estado judeu desde 1967.

O balanço de mortos nos ataques israelitas na Faixa de Gaza subiu para 32, informou hoje o Ministério da Saúde do enclave palestiniano.

A mesma fonte contabilizou 215 feridos desde sexta-feira, quando tiveram início os ataques contra a Jihad Islâmica.

As autoridades israelitas contrariam este abalanço, garantindo que as crianças palestinianas morreram no sábado, vítimas do disparo falhado de um foguete da Jihad Islâmica que tinha Israel como alvo.

Cinco países (Emirados Árabes Unidos, China, França, Irlanda e Noruega ) do Conselho de Segurança da ONU já solicitaram uma reunião face à escalada das tensões na Faixa de Gaza após ataques israelitas e a resposta do grupo palestiniano Jihad Islâmica, anunciaram os (EAU).

O que começou na sexta-feira como uma "ofensiva preventiva" israelita com ataques aéreos na Faixa de Gaza tornou-se no pico mais grave de violência na área desde 2021.

Desde que os primeiros projéteis foram disparados na sexta-feira em resposta ao ataque israelita, estima-se agora que o grupo islâmico tenha lançado mais de 350 foguetes, a grande maioria dos quais atingiu áreas abertas ou foram intercetados pelo sistema de defesa aérea de Israel.

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