Jovem suspeito de planear ataque à Universidade de Lisboa fica em prisão preventiva e está indiciado por terrorismo

11 fev 2022, 14:39

Juíza valida indiciação por terrorismo e decreta prisão preventiva, sem internamento. Estudante de 18 anos vai ficar detido no Estabelecimento Prisional de Lisboa

O jovem de 18 anos suspeito de planear um ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa vai ficar em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa, sem internamento. Segundo apurou a CNN Portugal, a juíza de instrução validou a indiciação por terrorismo. Em causa está continuação de atividade criminosa e alarme social.

O suspeito foi presente a interrogatório e começou a ser ouvido ao início desta tarde no Tribunal Central de Instrução Criminal. Remeteu-se ao silêncio e não prestou declarações.

O estudante planeava um ataque à Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa (FCUL). Tinha como objetivo cometer o maior número possível de homicídios sobre colegas universitários, de forma indiscriminada, num dia em que decorriam exames de segunda fase, juntando centenas de alunos. O plano seria aplicado esta sexta-feira.

O suspeito foi entretanto detido pela Polícia Judiciária, que, através da Unidade Nacional de Contraterrorismo, seguiu as pistas do FBI e conseguiu uma identificação e morada. Esta quinta-feira, após realizar uma busca à casa do jovem, confirmou que este detinha um plano pormenorizado do ataque, "com os detalhes da ação criminal a desencadear". No quarto tinha também várias armas brancas (facas, catanas e uma besta com dardos de aço), botijas de gás, garrafas com gasolina e isqueiros. 

Advogado do jovem vai contestar prisão preventiva

Jorge Pracana, advogado do jovem suspeito de planear um atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa , vai contestar a medida de coação de prisão preventiva, aplicada esta sexta-feira: "Aguardo o envio de alguns documentos que acho que poderão ser úteis à reversão da decisão".

"Este processo vai fazer história no país. É o primeiro e espero que seja o último", afirmou, em declarações aos jornalistas à porta do Campus de Justiça, acrescentando: "Se será terrorismo? Não sei".

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