Libertado um dos três suspeitos de agressões na noite de Lisboa

22 mar 2022, 16:12

Dois fuzileiros mantêm-se detidos, aguardando audiência em tribunal, que está marcada para esta quarta-feira

Um dos três detidos pela Polícia Judiciária no caso das brutais agressões à porta da discoteca MOME, em Lisboa, em que morreu o agente da PSP Fábio Guerra, acabou libertado pelo Ministério Público por não ter tido à partida um envolvimento direto no homicídio do polícia, apurou a CNN Portugal (do mesmo grupo da TVI).

O agora libertado, que não tem ligação à Marinha, fica como arguido, por crimes como participação em rixa.

Ontem, a Polícia Judiciária esteve ainda a interrogar outro civil, que saiu em liberdade.

Mantêm-se detidos agora os dois fuzileiros que estão indiciados por homicídio qualificado - e que serão presentes a tribunal esta quarta-feira, arriscando prisão preventiva.

Outros envolvidos no crime estão a ser procurados pela PJ e, tal como a CNN Portugal avançou ontem, são esperadas mais detenções nos próximos dias.

No domingo, a Marinha Portuguesa revelou que dois fuzileiros estão a responder a um inquérito interno e “à disposição das autoridades” para as investigações sobre os acontecimentos que conduziram à agressão de quatro polícias no exterior de uma discoteca em Lisboa.

Os outros três agentes da PSP agredidos junto à discoteca Mome, na Avenida 24 de Julho, tiveram sábado alta do hospital e prestaram declarações à Polícia Judiciária, que está a investigar o caso, disse à Lusa fonte da PSP.

Em comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu pelas 06:30 desse dia “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna” e começou “com agressões mútuas entre vários cidadãos”.

Segundo relata a polícia, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos.

O Presidente da República e o Governo já vieram lamentar a morte do agente, sendo que o Ministério da Defesa garantiu que os factos do caso vão ser apurados. Por todo o país têm-se multiplicado as homenagens, como aquela que se fez na noite desta segunda-feira, em frente à esquadra de Alfragide, de onde era o jovem.

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