Morreu mais um general russo. É o sétimo desde que começou a guerra

25 mar 2022, 18:59
A guerra em Mariupol pelos olhos dos únicos jornalistas que ficaram na cidade (AP Photo/Evgeniy Maloletka)

O exército russo já perdeu sete generais e várias altas patentes desde que começou a invasão. Quase metade dos 20 generais que comandam a frente de combate russa perderam a vida

As forças armadas ucranianas anunciaram esta sexta-feira que o tenente-general russo Yakov Rezantsev foi morto durante os combates em Chornobaiivka, na região de Kherson, no sul do país. Segundo a Ucrânia, o oficial do exército russo era o comandante do 49.º Exército Combinados de Armas do Distrito Militar Sul da Federação da Rússia. O Ministério da Defesa russo não comentou estas alegações.

A confirmar-se, a morte de Rezantsev será a sétima morte de um general russo em combate, na guerra da Ucrânia. Quase metade dos 20 generais que, segundo as informações militares ocidentais, comandam a frente de combate russa.

A primeira baixa de peso confirmada foi Andrei Sukhovetsky, um major-general russo que comandava a 7.ª Divisão Aérea. O oficial russo tinha 47 anos e morreu no dia 3 de março, alegadamente vítima de um sniper ucraniano.

Poucos dias depois, a 7 de março, foi confirmada a morte de outro general. Desta vez, tratava-se de Vitaly Gerasimov, major-general e primeiro vice-comandante do 41.º exército do Distrito Militar Central da Rússia, eliminado pelas tropas ucranianas nos arredores da cidade de Kharkiv, um dos principais alvos russos no início da ofensiva.

O major-general Andrei Kolesnikov, comandante do 29º Exército Combinado de Armas, morreu a 11 de março, provocando mais um duro golpe na capacidade de combate russa. Em menos de dez dias, o exército russo perdeu três dos seus principais líderes.

Na cidade cercada de Mariupol, o combate faz-se rua a rua, prédio a prédio. E foi lá que o major-general Oleg Mityaev, comandante da 150.ª divisão de fuzileiros motorizados russa, foi morto por combatentes do Batalhão Azov.

Também o coronel Sergei Sukharev, comandante do 331.º regimento de paraquedistas russo, foi morto juntamente com várias outras chefias russas, de acordo com a televisão estatal russa. As forças ucranianas falam numa emboscada ao seu posto de comando.

A sétima alta patente russa a morrer foi um tenente-general. O comandante do oitavo esquadrão de Armas Combinadas, Andrey Mordvichev, morreu numa contraofensiva ucraniana, junto ao aeroporto de Kherson, no sul do país.

Há ainda a registar a morte do vice-comandante da frota russa do Mar Negro, o capitão Andrey Paly, que perdeu a vida durante o cerco à cidade portuária de Mariupol.

Recorde-se que a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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