Exames passam a valer metade da nota de acesso ao ensino superior, Português pode ser obrigatório

5 jan 2023, 07:43

Governo prevê alterações no ensino superior a partir de 2024, incluindo um contingente especial para os alunos mais pobres

O ensino superior terá novas regras a partir de 2024 e 2025, que serão introduzidas de forma gradual, avançam esta quinta-feira o Jornal de Notícias e o Público.

Pedro Teixeira, secretário de Estado do Ensino Superior, confirmou às duas publicações que os exames nacionais deverão passar a valer cerca de metade da nota de acesso ao ensino superior; já a classificação final do ensino secundário, em sentido contrário, passará a valer menos, devendo ter um peso mínimo de 35%. O objetivo é que as provas finais deixem de ser obrigatórias para conclusão do 12.º ano, medida que foi introduzida com a pandemia de covid-19, quando os alunos passaram a fazer exame apenas às disciplinas específicas de acesso ao ensino superior.

Quanto ao número de exames, o Governo também prepara mudanças: o Jornal de Notícias cita o secretário de Estado do Ensino Superior que explica que "uma das hipóteses" em análise é a realização de "pelo menos três exames", um dos quais obrigatório, provavelmente à disciplina de Português. Deverá depois ser exigido também exame a uma disciplina trienal e outra bienal. "O número de exames tem a ver com alguma preocupação em termos de exigência", diz ao JN Pedro Teixeira. 

Outra das novidades previstas, avança o Público, é a introdução de um contingente especial para alunos desfavorecidos, à semelhança, escreve o jornal, do que já existe para militares ou estudantes das regiões autónomas. O Executivo prevê que os beneficiários do primeiro escalão do abono de família fiquem com 1% das vagas de cada curso em cada fase do concurso de acesso ao ensino superior ou, nos cursos de menor dimensão, que lhes seja reservada pelo menos uma vaga.

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