Este ano, estudantes não fazem exames para concluir secundário. Regras mudam para o ano - e com três exames

CNN Portugal , DCT, com Lusa
6 fev 2023, 19:45

João Costa anunciou ainda que estas novas regras irão aplicar-se apenas no próximo ano letivo e que, este ano, irão manter-se as condições aplicadas nos anos de pandemia

O Ministro da Educação, João Costa, anunciou esta sexta-feira que os exames nacionais de conclusão do Ensino Secundário se irão manter.

Em conferência de imprensa, o governante explicou que os estudantes terão de fazer três exames no final do 12.º ano, sendo que o de Português - ou de Português Língua não Materna - continua a ser obrigatório, independentemente da área de ensino. Os outros dois exames serão de disciplinas à escolha dos alunos.

Estes três exames terão para cada uma das disciplinas um peso de 25% na classificação final, ao contrário dos 30% até agora aplicados.

“Introduziremos, também, uma ponderação relativa das disciplinas na classificação final do Ensino Secundário. Ou seja, uma trienal pondera três vezes, uma bienal pondera duas vezes, uma anual pondera uma vez, atribuindo, assim, uma maior justiça, digamos assim, em termos do peso do trabalho efetivamente desenvolvido pelos alunos ao longo dos três anos”, esclareceu João Costa.

O Ministro da Educação anunciou ainda que estas novas regras irão aplicar-se apenas no próximo ano letivo e que, este ano, irão manter-se as condições aplicadas nos anos de pandemia. Ou seja, no final deste ano letivo, apenas fazem exame nacional os alunos que querem candidatar-se ao Ensino Superior.

Só os estudantes que entrarem no próximo ano letivo para o 10.º ano começam a ter aplicado o novo modelo na totalidade, o que significa que no cálculo da sua média final do ensino secundário as diferentes disciplinas que frequentaram vão ter uma ponderação diferenciada consoante sejam disciplinas de três, dois ou apenas um ano no percurso dos alunos.

As disciplinas trienais, como Português ou Matemática, vão ter uma ponderação superior para a média final do que disciplinas anuais ou bienais.

Para João Costa, esta revisão era “o momento de introduzir e garantir proporcionalidade entre disciplinas do ensino secundário”.

Já para o acesso ao Ensino Superior, cujas regras estão a ser revistas e vão ser apresentadas na sexta-feira, em Coimbra, segundo anunciou Elvira Fortunato, na fórmula de cálculo para entrar nas universidades e politécnicos os exames nacionais que sejam provas de acesso vão ter um peso mínimo de 45%.

E a cada instituição continuará a caber a decisão sobre o número de exames pedidos para ingresso que, segundo a ministra da Ciência e Ensino Superior, serão, “no mínimo dois”, à semelhança do que já acontece.

A ministra não quis adiantar mais pormenores sobre a revisão que vai ser apresentada no final da semana, mas sublinhou que “o processo de revisão foi partilhado com todos os atores” do ensino superior, tendo recebido pareceres de todos eles, os quais foram tidos em conta para se chegar “à melhor conclusão possível”.

Estes novos modelos foram avançados pelo ministro da Educação, João Costa, em conferência de imprensa com a ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato. O fim da obrigatoriedade dos exames nacionais para a conclusão do Ensino Secundário foi um motivo de debate entre o Governo.

Esta segunda-feira, e antes de o Governo anunciar os novos modelos de exames para conclusão do Ensino Secundário, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que “não fazia sentido” acabar com os exames nacionais.

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