Taça da Liga: Benfica-Sporting, 1-2 (destaques das águias)

Ricardo Gouveia , Estádio Magalhães Pessoa, em Leiria
29 jan 2022, 21:53
Benfica-Sporting, final da Taça da Liga 2021/22

Bomba de Everton e a eficácia de Vertonghen

Momento: a bomba de Everton

Depois de 23 minutos de verde e branco, Everton deu um toque de vermelho ao jogo, ao minuto 23, com uma bomba que desbloqueou o marcador. Recebeu a bola servida por Grimaldo com o pé direito, deixou Neto nas covas e encheu o pé esquerdo, sem hipóteses de defesa para Adán. Um golo que teve o condão de dar confiança ao Benfica depois das muitas bolas perdidas no início do jogo. A verdade é que o Benfica estabilizou e passou a controlar melhor o jogo e também o adversário, pelo menos, até ao intervalo.

Figura: Vertonghen imperial

Uma grande parte dos ataques do Sporting morreram nos pés do central belga. Foram cortes atrás de cortes, com o defesa a aparecer sempre no caminho da bola. Bolas tensas, bolas em balão, bolas rasteiras, o belga estava sempre no sitio certo a anular ou a interromper todas as iniciativas dos leões.  

Outros destaques: veja também os destaques do Sporting

Grimaldo

Jogou sob intensa pressão a controlar Pedro Gonçalves e Ricardo Esgaio que investiam pelo seu corredor mas, ainda assim, encontrou espaço para também subir no terreno, como ficou claro no primeiro golo do jogo. Desceu pelo flanco para acorrer a uma bola de Morato, depois serviu Everton com precisão para o brasileiro desbloquear o marcador.

João Mário

Deve ter jogado com tampões nos ouvidos, uma vez que se mostrou sempre impávido e sereno face aos muitos assobios que ouviu das bancadas. Desde que o seu nome foi anunciado no estádio e, depois, sempre que tocava na bola, ouvia-se uma monumental assobiadela, mas a verdade é que o antigo jogador do Sporting, de luvas nas mãos, nunca acusou a pressão. Foi até o mais inconformado depois da reviravolta dos leões, procurando sempre, de cabeça levantada, levar a sua equipa para a frente. Faltou-lhe mais apoio.

Vlachodimos

Muito concentrado desde o primeiro minuto, como ficou claro com uma saída de entre os postes, logo a abrir o jogo. Muito bem também entre os postes, com destaque para a defesa de instinto a uma cabeça da de Gonçalo Inácio. Sempre atento, recorreu aos punhos para afastar um cruzamento/remate traiçoeiro de Sarabia ainda na primeira parte. Nos dois golos do Sporting, pouco podia fazer.

Meïté

Se a sua missão era anular Matheus Nunes, cumpriu quase na perfeição, faltou depois assumir o papel de «oito» que Nélson Veríssimo lhe atribuiu na antevisão do jogo. Por outras palavras, foi preponderante a enguiçar o meio-campo do Sporting, mas contribuiu pouco para a fluidez do meio-campo da sua equipa.

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