Rede brasileira de narcotráfico transportava cocaína para a Europa. Há 30 detidos

Agência Lusa , RL
18 fev 2022, 11:28
Europol

Grupo transportava cocaína boliviana para a Europa

Três dezenas de pessoas foram detidas esta semana numa grande operação policial contra uma rede de narcóticos brasileira, que transportava cocaína boliviana para a Europa, informou esta sexta-feira a Europol.

A agência de polícia europeia revelou que "a organização criminosa conseguiu enviar vários carregamentos de cocaína de várias toneladas para a Europa de poucos em poucos meses" através de uma rede de distribuição sediada em Espanha.

A maioria dos elementos da rede foi presa no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Volta Redonda, e sete pessoas foram presas em Barcelona.

As autoridades descobriram uma infraestrutura de produção baseada na Bolívia, com linhas logísticas e de abastecimento no Brasil, Paraguai e Uruguai, disse ainda a Europol, que coordenou a operação.

A rede criminosa enviava a cocaína em contentores marítimos e coordenava as suas operações através do SKY ECC, um sistema de comunicações encriptadas, que foi descontinuado em 2021.

A organização de traficantes criou uma rede de empresas para permitir a importação de drogas da América do Sul e a lavagem de dinheiro.

A operação, que também envolveu as autoridades americanas, levou à descoberta de uma rede de distribuição com sede em Valência e Barcelona, responsável pela receção dos carregamentos de cocaína e pela sua movimentação através do mercado europeu.

As autoridades brasileiras e espanholas intercetaram alguns dos carregamentos e identificaram várias empresas envolvidas no esquema criminoso.

As apreensões incluíram droga, veículos, armas de fogo, dinheiro e várias contas bancárias no Brasil, Paraguai e Espanha. A investigação também descobriu centros de comando e controlo da organização no Dubai.

As autoridades da Bélgica, Brasil, Itália, Holanda e Espanha apreenderam desde setembro de 2020 cerca de 10 toneladas de cocaína e cerca de 1,85 milhões de euros, informou a Europol.

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