E este é daqueles casos em que não ser surpreendido foi bom, justificou o líder do PS. Foi a primeira vitória eleitoral de Pedro Nuno Santos após três derrotas
O secretário-geral socialista garantiu que não será pelo PS que "haverá instabilidade política em Portugal", mas quis deixar claro que “a vitória do PS e a derrota da AD não é ALGO irrelevante no plano nacional”. “Não é o Governo que ficou em causa nestas eleições, mas sim uma determinada forma de governar. Essa sim foi derrotada nestas eleições.”
Em causa, acusou, está o facto de o Governo ter “nacionalizado estas eleições” e de ter estado “em campanha”. E, por isso, estes resultados “são também um alerta para um Governo que decidiu ignorar um Parlamento e uma oposição”. “Esta vitória do PS e derrota da AD não é irrelevante no plano nacional”, frisou Pedro Nuno Santos, garantindo que estes resultados “dão força” ao partido.
Sobre a cabeça de lista do partido e grande vencedora destas eleições, Pedro Nuno Santos destacou a “empatia” de Marta Temido e o resultado conquistado nestas eleições europeias: “Foi a primeira vez que uma mulher ganhou uma campanha nacional”, sublinhou. “A Marta foi uma grande candidata, não foi uma surpresa para mim”, vincou o secretário-geral do PS, que destacou ainda a “relação que ela construiu com os portugueses” e que “ficou evidente nesta campanha”.
Pedro Nuno Santos felicitou ainda o facto de “o eurodeputado mais jovem português no Parlamento Europeu” ser do PS, Bruno Gonçalves - 27 anos. Recado para alguém?
"A vitalidade"
No primeiro discurso após a confirmação da vitória socialista nas europeias, Marta Temido começou por congratular o PS por ter reunido a confiança dos portugueses no projeto de Europa que o partido defende. "Esta noite os portugueses voltaram a mostrar que confiam no PS", afirmou a socialista.
Marta Temido prometeu ainda começar a trabalhar no seu novo cargo já "a partir de amanhã" com todos os "que querem começar a construir uma Europa mais forte a favor de todos os portugueses, a favor de todos os europeus".
Deixou também uma palavra elogiosa à forma como decorreram as votações no novo modelo de voto em mobilidade e também aos números da votação.
Os portugueses, disse, "saíram de casa para votar, provando uma vez mais a vitalidade da nossa democracia no ano em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril".
E acrescentou: "Nós, portugueses e europeus, dissemos mais uma vez presente".