O renascimento do «mustang», que marcou o seu golo mais importante com a camisola das quinas
O golo de Ricardo Quaresma que valeu a vitória sobre a Croácia foi o segundo do mustang em fases finais do Europeu – já tinha marcado em 2008, diante da Rep. Checa – e o seu oitavo ao serviço da Seleção, sendo sem dúvida o mais importante.
O ressurgimento de Quaresma como jogador influente da seleção é claramente uma herança de Fernando Santos: o extremo tinha desaparecido das opções de Paulo Bento desde o Euro 2012, mas foi recuperado pelo atual selecionador e pagou a confiança com juros.
Até à era Fernando Santos, Quaresma tinha três golos em 35 internacionalizações, mas desde 2014 marcou por 5 vezes em apenas 19 jogos: contra a França, na estreia do selecionador, contra a Noruega, no primeiro particular de preparação para o Euro, um bis contra a Estónia, antes da partida com a França e, agora, o seu golo mais importante com as quinas ao peito, a valer a passagem aos quartos de final.
A juntar a isto, há que somar as assistências: logo no primeiro jogo competitivo, com a Dinamarca, foi seu o cruzamento para o golo da vitória, saído da cabeça de Cristiano Ronaldo. No particular com a Argentina, em novembro de 2014, fez o cruzamento para o golo de Raphael Guerreiro, fazendo o mesmo para Éder marcar na vitória sobre a Itália (junho de 2015). Mais uma assistência para Miguel Veloso, na vitória sobre a Albânia. Já depois da convocatória para o Euro, além dos golos, fez duas assistências no Portugal-Estónia (Ronaldo e Danilo), e voltou a assistir Cristiano Ronaldo no terceiro golo diante da Hungria (3-3).
Ao todo, com apenas quatro jogos como titular, e 15 a sair do banco, Quaresma somou 635 minutos com Fernando Santos, retribuindo com cinco golos, sete assistências e a participação indireta em mais três golos.
