Taxa mais utilizada nos créditos à habitação em Portugal desce

Agência Lusa , FMC
21 jul 2022, 12:18
Imobiliário em Portugal (Getty Images)

As taxas Euribor subiram a três meses para um novo máximo desde outubro de 2014 e caíram a seis e 12 meses depois de terem atingindo novos máximos na quarta-feira

As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três meses para um novo máximo desde outubro de 2014 e desceram a seis e a 12 meses, prazos que atingiram novos máximos respetivamente desde setembro e agosto de 2012 na quarta-feira.

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 0,145%, mais 0,020 pontos e um novo máximo desde outubro de 2014.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

Em sentido contrário, a taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, baixou esta quinta-feira para 0,632%, menos 0,003 pontos, contra o máximo desde setembro de 2012, de 0,635%, verificado na quarta-feira.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor também recuou esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,142%, menos 0,022 pontos, contra o máximo desde agosto de 2012, de 1,164%, verificado na quarta-feira.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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