Euribor sobe a três, seis e 12 meses - e no prazo mais curto para um novo máximo

Agência Lusa , MBM
12 abr 2023, 11:20
Prédios e casas residenciais no centro histórico de Lisboa. (Soeren Stache/Getty Images)

De acordo com o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira, no prazo mais curto, pela quarta sessão consecutiva, para um novo máximo desde dezembro de 2008.

A Euribor manteve-se quarta-feira acima de 3% nos três prazos, a três meses a subir para um quarto máximo consecutivo, a seis meses a 0,031 pontos percentuais do máximo verificado em 9 de março e a 12 meses a 0,324 pontos percentuais do máximo também verificado em 9 de março.        

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou na quarta-feira, ao ser fixada em 3,654%, mais 0,072 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.      

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.                                                                                                                    

Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.           

A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também subiu quarta-feira, para 3,430%, mais 0,074 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 9 de março.

 A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu quarta-feira pela quarta sessão consecutiva, para um novo máximo desde dezembro de 2008, ao ser fixada em 3,126%, mais 0,018 pontos do que na terça-feira.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais. 

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.             

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.                      

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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