Putin não pense que isto vai ser como em 2014, diz Biden. Será pior

22 fev 2022, 20:15

Biden não quer guerra. Mas quer dar um sinal. Um sinal forte

O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou esta terça-feira o primeiro pacote de sanções contra a Rússia, na sequência do reconhecimento da independência dos territórios separatistas de Donestsk e Lugansk por parte de Moscovo. Assinalando que o reconhecimento da independência desses territórios representou "o início de uma invasão russa na Ucrânia", Biden anunciou as "primeiras sanções" contra Moscovo, que foram coordenadas com os parceiros e aliados dos norte-americanos. 

Os Estados Unidos preparam-se assim para impor sanções contra duas instituições financeiras russas, incluindo o banco militar russo e banco russo VEB, a dívida soberana russa, as elites russas e seus familiares. "Vou começar por impor sanções muito além daquilo que foi implementado pelos EUA e seus aliados em 2014."

Biden anunciou ainda o reforço do apoio militar dos EUA à Ucrânia, acrescentando que "os EUA e os seus aliados vão defender cada centímetro do território da NATO". "Estas são ações defensivas. Não temos intenção nenhuma de lutar contra a Rússia", justificou. Mas quer dar um sinal forte, daí este reforço do apoio.

Segundo Biden, os Estados Unidos têm visto um escalar de "falsas operações russas", com Putin a "atacar diretamente o direito da Ucrânia de existir". Por isso, "se a Rússia continuar, é a Rússia que vai acarretar as responsabilidades sozinha".

Mas "ainda há tempo de evitar o pior cenário", vincou Biden, admitindo esperar que "o caminho da diplomacia ainda esteja disponível". Pela sua parte, os EUA e os seus aliados "continuam disponíveis para a diplomacia", acrescentou. Caso contrário, "a Rússia vai pagar um preço ainda mais alto se continuar com as agressões".

No final da sua intervenção, que não teve direito a perguntas dos jornalistas, Joe Biden deixou uma mensagem clara: "Não precisas de sangue a não ser que planeies começar uma guerra."

E.U.A.

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