Polémica surgiu a meio de uma crescente tensão entre China e Estados Unidos
A empresa que detém a famosa marca de chocolates Snickers pediu desculpa, esta sexta-feira, depois de classificar, numa campanha publicitária, Taiwan como um país.
A Mars Wrigley, que fabrica os chocolates, anunciou uma edição limitada de Snickers, que seria exclusiva para alguns "países": Coreia do Norte, Malásia e Taiwan, noticiou a Reuters.
Depressa a publicação gerou grande indignação nas redes sociais chinesas, nomeadamente no Weibo, tornando as imagens e vídeos de promoção virais.
A Mars Wrigley usou então a mesma plataforma para emitir um pedido de desculpas, sublinhado que o conteúdo da campanha seria emendado.
“Mars Wrigley respeita a soberania nacional da China e a sua integridade territorial e conduz as suas operações comerciais em estrita conformidade com as leis e os regulamentos chineses”, escreveu, num comunicado citado pela Swissinfo.
Ainda assim, a declaração não acalmou as hostilidades online, uma vez que a marca norte-americana não deixou explícito que Taiwan era realmente parte da China.
“Digam: Taiwan é uma parte inseparável do território da China!” lê-se num dos comentários, realçando que recebeu cerca de oito mil “gostos”, que mostra uma indignação geral pelos cidadãos chineses.
A Snickers junta-se a uma longa lista de marcas estrangeiras que têm sido forçadas a pedir desculpa depois terem sido alertadas e acusadas pelos utilizadores das redes sociais chinesas de não empregar a nomenclatura preferida de Pequim para a ilha: a província de Taiwan.
Esta situação decorre numa altura em que a ilha de Taiwan volta à esfera mediática depois da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, ter visitado a ilha apesar das ameaças da China. Como resultado, a tensão no Pacífico escalou e a ilha está cercada por meios militares chineses.