Variante é mais resistente do que as primeiras variantes do coronavírus
Investigadores japoneses descobriam, em laboratório, que a variante Ómicron sobrevive mais tempo em superfícies humanas e pele humana do que as versões anteriores do coronavírus.
De acordo com a Reuters, que refere o estudo japonês citado na bioRxiv, nas superfícies de plástico, as variantes Alpha, Beta, Gamma e Delta sobrevivem, em média, 56, 191,3, 156,6, 59,3 e 114 horas respetivamente. Já a variante Ómicron sobrevive durante 193,5 horas.
Os investigadores descobriram ainda que na pele humana, retirada de cadáveres, a Ómicron sobrevive 21,6 horas. A versão original sobrevivia 8,6. No entanto, na pele, todas as variantes eram completamente inativadas depois de serem expostas a desinfetantes à base de álcool.
"Por isso, é altamente recomendável que para controlo da infeção atual a rotina de higiene das mãos use desinfetantes como proposto pela Organização Mundial de Saúde", concluem os investigadores.
A variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde, foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.569 pessoas e foram contabilizados 2.221.825 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.