Ser alto pode causar disfunção erétil mas também atenua risco de doença cardíaca: veja as conclusões deste estudo

CNN Portugal , DCT
6 jun 2022, 12:01
Pessoas altas apresentam um maior risco para alguns problemas de saúde (Pexels)

Investigação que envolver 250 mil pessoas revela que a altura pode ser um fator de risco “biologicamente plausível” para os adultos

As pessoas mais altas apresentam um maior risco de neuropatia periférica - disfunção de um ou mais nervos periféricos que pode levar, por exemplo, à disfunção erétil -, infeções de pele, úlceras nas pernas e nos pés e complicações nos ossos. 

Segundo a investigação, ser alto aumenta ainda o risco de fibrilação atrial e varizes, mas nem tudo são más notícias: pode trazer também benefícios para a saúde, uma vez que o estudo associou as pessoas mais altas a um menor risco de doença cardíaca, tensão arterial e colesterol alto.

A conclusão é de um recente estudo publicado na revista PLOS Genetics e que envolveu 250 mil pessoas com uma altura média de 1,76 metros e um índice de massa corporal (IMC) de 30,1. É o mais abrangente estudo até agora feito.

Para a investigação foram usados dados do VA Million Veteran Program, descartados fatores externos - como alimentação e o meio ambiente - e analisadas mais de mil condições médicas, tendo sempre por base apenas a altura dos participantes.

A altura, sobretudo em idade adulta, dizem os cientistas, pode afetar mais de 100 características clínicas, impactando não só na saúde, como também na qualidade de vida das pessoas.

Os investigadores do Rocky Mountain Regional VA Medical Center diz que o estudo prova que altura pode ser um fator de risco “biologicamente plausível” para várias condições de saúde em adultos e que, uma vez que não é modificável, deve ser considerado na hora de fazer uma avaliação clínica ou estudar fatores genéticos que possam ter impacto na saúde.

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