«Cova Piedade? Há uma série de comportamentos que não foram adequados»

30 out 2020, 19:55
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Diretora da Liga, Helena Pires, dá versão do sucedido

A diretor de competições da Liga, Helena Pires, explicou por que é a entidade que organiza os campeonatos profissionais não tomou qualquer ação em relação à vontade do Cova da Piedade em não jogar com o Estoril, nesta sexta-feira, na sequência de um surto de covid-19 no plantel - a equipa da margem sul do Tejo falhou mesmo o jogo.

«O Cova da Piedade não fez um pedido de adiamento do jogo, fez um requerimento de ausência justificada, o qual não tem enquadramento regulamentar», começou por dizer a responsável, à Sport TV +.

«Foi dentro desse âmbito que a Liga não se pronunciou», justificou, para depois contar: «Durante o dia de ontem [quinta-feira], tivemos comunicações da parte do Cova da Piedade, em que nos fizeram chegar indicações da Saúde. Numa primeira, era feita o ponto de situação dos jogadores, onde estavam descritos os positivos, os inconclusivos e os negativos. Horas depois fomos confrontados com uma comunicação com teor diferente.»

Helena Pires afirmou que «há aqui uma série de comportamentos que não foram os mais adequados» e que no «âmbito específico para o futebol profissional aprovado pelas SAD, a Liga tem a obrigação de ter o mesmo critério para as mesmas situações». Ou seja, aplicou «o que está previsto no âmbito regulamentar» das competições.

Questionada sobre o adiamento do Sporting-Gil Vicente, Helena Pires recordou que também jogos adiados na II Liga, como o Acad. Viseu-Académica e o Feirense-Chaves.

«As autoridades da Saúde deram expressa informação de que os jogos não se podiam disputar. Houve uma determinação da delegada de saúde e a Liga não pode contrariar o que diz a Saúde. Na sequência desses três casos, a Liga fez uma reunião com DGS e a sec. de estado da Saúde e nela ficou expresso que íamos seguir a tramitação usada nas ultimas dez jornadas da época passada»,  argumentou.

«Portanto, jogadores positivos ficam isolados, os negativos continuam, os inconclusivos repetem e ou jogam ou são isolados.  Ficou bem claro que esta seria a tramitação a seguir. Ao futebol o que era do futebol à saúde o que é da saúde. O que os delegados de saúde iam fazer era uma avaliação clínica a jogadores e staff. A partir daí, a Liga, em sede de Assembleia, deu mais ferramentas às SAD para se precaverem desta situação. A Liga possibilitou um alargamento de plantéis, treinarem em bolha e seguirem o que está expresso», continuou.

«Temos de ter o mesmo peso e mesma medida para todas as SAD. Os clubes sabem que é esta a aplicação. Apenas estamos a cumprir o que ficou determinado. A maior prioridade da Liga é a manutenção e continuidade das competições», concluiu.

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