Forças dos Estados Unidos detêm seis militantes do Estado Islâmico na Síria

Agência Lusa , RL
20 dez 2022, 17:19
Estado Islâmico (Baderkhan Ahmad/ AP)

Um dps militantes detidos é um “alto oficial do Estado Islâmico na província da Síria”, alegadamente envolvido no planeamento de ataques neste país

As forças norte-americanas realizaram três incursões militares no leste da Síria e capturaram seis militantes do grupo Estado Islâmico (EI), revelou esta terça-feira, num comunicado, o Comando Central dos Estados Unidos.

No documento, o Comando Central norte-americano indicou que os ataques realizaram-se nas últimas 48 horas e identificou um dos militantes detidos como “al-Zubaydi”, um “alto oficial [do EI] na província da Síria”, alegadamente envolvido no planeamento de ataques neste país.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, duas das três incursões militares norte-americanas ocorreram nas regiões de Deir el-Zour e Hassakeh, no leste do país, e as Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos, também estiveram envolvidas.

As FDS, que deram conta de ferimentos em dois dos seus combatentes, identificaram quatro dos detidos como traficantes de armas filiados no EI.

“A captura desses agentes do grupo EI permite interromper a capacidade da organização terrorista de planear e realizar ataques desestabilizadores”, refere, no comunicado, o general Michael "Erik" Kurilla, do Exército norte-americano.

Cerca de 900 soldados dos Estados Unidos estão colocados na Síria a apoiar as forças lideradas pelos curdos na luta contra o grupo Estado Islâmico, sobretudo no nordeste do país.

As FDS, por sua vez, indicaram segunda-feira terem detido um militante do grupo EI que administrava várias células do movimento no leste da Síria.

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, recuperou o controlo do país, mas partes do norte permanecem sob o controlo de rebeldes, bem como de forças curdas turcas e sírias.

Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra civil na Síria já provocou mais de meio milhão de mortes, devastou as infraestruturas do país e levou à fuga de milhões de pessoas.

O conflito tornou-se mais complexo ao longo dos anos, com o envolvimento de potências regionais e internacionais e a ascensão do grupo EI que, apesar de derrotado em 2019, ainda consegue realizar ataques mortíferos através de “células adormecidas”.

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