"Solidariedade da América com Taiwan é mais importante que nunca". Pelosi aterrou e fez soar sirenes na China

Agência Lusa , AG
2 ago 2022, 16:18
Nancy Pelosi em Taiwan (Chiang Ying-ying/AP)

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram alegadas sirenes de defesa a serem acionadas em Pequim e na região de Fujian

A líder do Congresso dos Estados Unidos aterrou cerca das 15:43 (hora de Lisboa) em Taiwan, apesar de a China ter ameaçado com “consequências desastrosas” caso se confirmasse a visita de Nancy Pelosi àquele território. “Caças Su-35 chineses começaram a cruzar o estreito de Taiwan”, que separa a China continental da ilha reivindicada por Pequim, assim que o avião de Pelosi começou a descer para aterrar, segundo anunciou a televisão estatal chinesa CGTN, confirmando um ambiente de hostilidade em torno da visita.

À chegada àquele território a representante norte-americana afirmou que esta visita tem o objetivo de "reafirmar o apoio a um parceiro e promover interesses comuns, incluindo um Indo-Pacífico livre e aberto". Sobre as mais recentes declarações da China, Nancy Pelosi disse que esta visita "não contradiz a política" dos Estados Unidos, referindo ainda que "a solidariedade da América com o povo de Taiwan é mais importante que nunca".

A agência de notícias de Taiwan CNA informou que um navio contratorpedeiro, várias fragatas e navios de telecomunicações da Marinha de Guerra chinesa estavam a caminho da ilha de Lanyu, no sudeste de Taiwan.

Também os Estados Unidos mobilizaram porta-aviões próximos do estreito de Taiwan e estão em estado de alerta.

Entretanto, vídeos divulgados na rede social Twitter mostram alegadas sirenes de defesa a serem acionadas em Pequim e na região de Fujian, na China, após a entrada de avião de Pelosi no espaço aéreo de Taiwan, registado pela página de internet especializada em trajetos de aviões Flightradar24.

A imprensa norte-americana avançou, na semana passada, a possibilidade de a viagem à Ásia de Pelosi passar por Taiwan, sendo que tanto representantes militares como civis chineses alertaram para as possíveis consequências da visita da responsável norte-americana.

A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan, com quem o país norte-americano não mantém relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito com o gigante asiático.

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