Sequestrador morto e reféns libertados em sinagoga nos Estados Unidos

Agência Lusa , BC
16 jan 2022, 08:25
Sequestro aconteceu dentro da sinagoga da congregação Beth Israel, em Colleyville Foto: AP

Pelo menos quatro pessoas foram sequestradas dentro da sinagoga da congregação Beth Israel, em Colleyville. Sequestrador exigia libertação da irmã

Todos os reféns da sinagoga da Congregação Beth Israel, nos Estados Unidos, "estão a salvo", segundo o governador do Texas Greg Abbott, e o sequestrador foi morto, informou a polícia local.

Um primeiro refém tinha sido libertado ainda no sábado, de boa saúde, após ter sido detido durante mais de seis horas, enquanto o FBI continuava a negociar com o suspeito no crime.

Pelo menos quatro pessoas foram sequestradas dentro da sinagoga da congregação Beth Israel, em Colleyville. Um deles era um rabino.

Vários meios de comunicação social noticiaram que o suspeito afirmava ser irmão de uma neurocientista paquistanesa, suspeita de ter ligações a um grupo extremista islâmico, condenada por tentar matar militares norte-americanos e agentes do FBI enquanto se encontrava sob custódia no Afeganistão.

O sequestrador exigiu a libertação da irmã, que cumpre uma pena de 86 anos no Texas.

O evento levou a uma maior proteção policial em várias sinagogas e instituições judaicas nas principais cidades nos Estados Unidos, tais como Dallas, Nova Iorque e Los Angeles, para detetar qualquer possível ameaça antissemita decorrente do que aconteceu em Colleyville.

Presidente dos EUA denunciou antissemitismo no país

O Presidente dos EUA saudou a libertação dos reféns da sinagoga do Texas, dizendo ser necessário denunciar "o antissemitismo e ascensão do extremismo" no país.

"Estou grato face ao trabalho incansável das forças de segurança, a todos os níveis, que agiu de forma cooperativa e corajosa para resgatar os reféns. Estamos a enviar amor e força aos membros da Congregação Beth Israel, Colleyville, e à comunidade judaica", afirmou Joe Biden no sábado à noite.

Biden quis "ser claro" para qualquer um que queira espalhar o ódio no país: "Vamos opor-nos ao antissemitismo e ao aumento do extremismo".

O FBI, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos,  veio entretanto afirmar que o homem que manteve reféns durante horas na sinagoga do Texas estava focado numa questão específica e não na comunidade judaica.

O agente especial do FBI Matt DeSarno, que coordena este caso, adiantou não haver indicação imediata de que o homem estivesse incluído num plano mais amplo de ataques, mas admitiu que a investigação da agência “terá alcance global”.

Pouco antes, o chefe da polícia local já tinha indicado que os investigadores acreditavam que o suspeito estava centrado “numa questão que não ameaçava especificamente a comunidade judaica”.

E.U.A.

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