Quem é Allison Fluke-Ekren, a norte-americana que treinou um batalhão de raparigas e mulheres do Estado Islâmico?

9 jun 2022, 09:00
Allison Fluke-Ekren (Alexandria Sheriff´s Office)

Mulher de 42 anos terá planeado ataques nos EUA e é descrita como uma extremista "fora da escala"

Uma combatente do Estado Islâmico está a ser julgada nos Estados Unidos após ter treinado mais de 100 mulheres e crianças para lutar pela organização terrorista.

Allison Fluke-Ekren, atualmente com 42 anos, declarou-se esta terça-feira culpada de prestar apoio ao ISIS perante um tribunal de Alexandria, no estado da Virgínia, e enfrenta uma sentença de até 20 anos de prisão.

De acordo com a acusação, Fluke-Ekren, antiga estudante de biologia e professora, viajou para a Síria em 2012 para lutar pelo Estado Islâmico na companhia do segundo marido, que liderou um batalhão de franco-atiradores até à sua morte, em 2016. Fluke-Ekren, conhecida pelo nome Umm Mohammed al-Amriki, viveu também em países como Egito, Líbia e Turquia, tendo também feito parte das fileiras de outra milícia terrorista, a Ansar al-Sharia.

Na Síria, a norte-americana terá, segundo os procuradores, treinado mais de 100 mulheres e crianças, inclusive raparigas com 10 anos de idade, para usar granadas e AK-47, o que provocou “traumas permanentes” nas antigas combatentes, algumas das quais deverão testemunhar contra Fluke-Ekren em tribunal.

A mulher de 42 anos, citada pela CNN Internacional, refere que não treinou menores de idade “de forma intencional”.

No entanto, de acordo com os depoimentos recolhidos pela acusação, a cidadã norte-americana é descrita como uma extremista “fora da escala”, um “11 ou 12” numa escala de 0 a 10, e terá mesmo falado em planear ataques nos EUA, incluindo a uma universidade e a um centro comercial.

Para além das antigas combatentes, é também esperado que alguns familiares de Fluke-Ekren, que a acusam de deixar “um rasto de traição” e pediram mesmo à Justiça para impedir que sejam por ela contactados, testemunhem a favor da acusação.

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