Estado da Nação: Costa anuncia novo pacote de apoios para famílias e empresas em setembro

Agência Lusa , FMC
20 jul 2022, 16:09
Parlamento (Lusa/António Cotrim)

No seu discurso, o primeiro-ministro defendeu que a guerra tem efeitos globais e em Portugal, o que se traduz "desde logo, num brutal aumento ad inflação, impulsionado pelo custo das importações, em particular da energia" e "que será mais duradouro do que o inicialmente previsto"

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira, no parlamento, que em setembro o Governo vai adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas face aos efeitos da inflação.

Esta linha de ação do executivo foi transmitida por António Costa no seu discurso que abriu o debate sobre o estado da nação na Assembleia da República.

“É hoje claro que, com o prolongar da guerra, o efeito da inflação será mais duradouro do que o inicialmente previsto. Por isso, no final deste trimestre, em setembro, iremos adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas”, declarou o líder do executivo.

Antes do debate começar, o primeiro-ministro deslocou-se à bancada do PSD para cumprimentar o ex-presidente social-democrata, Rui Rio.

A parte inicial do discurso do primeiro-ministro foi dedicada às consequências da conjuntura internacional na economia portuguesa, salientando que “do estado de pandemia” da covid-19 se passou “ao estado de guerra” e advogando que “Portugal reagiu de imediato com a condenação da invasão Russa e no apoio à Ucrânia”.

“Todos sabemos que os efeitos da guerra não se contêm nas fronteiras da Ucrânia. Têm um efeito global e têm um efeito em Portugal - efeito que se traduz, desde logo, num brutal aumento da inflação, impulsionado pelo custo das importações, em particular da energia”, assinalou.

De acordo com o líder do executivo, a resposta tem passado pela tentativa de contenção do aumento do preço da energia “na medida do possível”, pelo apoio à produção das empresas mais expostas ao consumo de energia e pela atribuição de auxílios às famílias mais carenciadas.

Na sua perspetiva, como resultado das medidas adotadas, houve uma “redução de 3,7% do preço da eletricidade para as famílias no mercado regulado; redução de 18 pontos percentuais da carga fiscal sobre os combustíveis, permitindo uma poupança de 16 euros num depósito de 50 litros de gasolina ou 14 euros num depósito de gasóleo; e uma redução do impacto da subida do preço do gás na produção de eletricidade no mercado spot, com uma poupança média diária neste primeiro mês de aplicação de 18%”.

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