Proibição de dezenas de modelos de espingardas semi-automáticas aprovada em Washington

Agência Lusa , AM
20 abr 2023, 07:24
Polícia apreende AK-47 no metro

Uma vez assinada pelo governador democrata Jay Inslee, que há muito defende a medida, a lei entra de imediato em vigor

A proibição de dezenas de modelos de espingardas semiautomáticas foi aprovada na quarta-feira pelo parlamento estadual de Washington, nos Estados Unidos, faltando agora a assinatura do governador, defensor da medida.

As armas de fogo de alta potência, em tempos proibidas em todo o país, são a arma de eleição entre os jovens responsáveis pela maior parte dos tiroteios em massa que ocorrem nos Estados Unidos.

A lei de Washington prevê a proibição da venda, distribuição, fabrico e importação de mais de 50 modelos de armas, incluindo AR-15s, AK-47s e espingardas de estilo semelhante.

Uma vez assinada pelo governador democrata Jay Inslee, que há muito defende a medida, a lei entra de imediato em vigor.

Inslee defende que vão salvar-se vidas com esta e a duas outras medidas aprovadas pelo parlamento estadual: a introdução de um período de espera de 10 dias para a compra de armas e a responsabilização dos fabricantes de armas por vendas negligentes.

Os legisladores do partido Republicano opuseram-se à proibição, com alguns a defender que os tiroteios nas escolas devem ser resolvidos de outras formas e que a limitação infringe os direitos das pessoas de se defenderem.

"Viola claramente as nossas constituições estaduais e federais, razão pela qual acabará imediatamente em tribunal", notou a senadora republicana Lynda Wilson.

Já a possibilidade do Congresso dos EUA recuperar a proibição das espingardas semiautomáticas parece muito distante, embora o Presidente do país, Joe Biden, e outros membros do partido Democrata estarem cada vez mais empenhados em estabelecer um acesso mais limitado às armas.

Nove estados, incluindo Califórnia, Nova Iorque e Massachusetts, já aprovaram proibições semelhantes, tendo as leis sido mantidas como constitucionais pelos tribunais, de acordo com o procurador-geral de Washington Bob Ferguson.

Os Estados Unidos, onde circulam aproximadamente 400 milhões de armas de fogo, são frequentemente afetados por tiroteios mortais, inclusive em escolas.

Desde o início de 2023, foram registados pelo menos 30 incidentes envolvendo armas de fogo em escolas nos Estados Unidos, que deixaram oito mortos e 23 feridos, segundo dados da organização Everytown for Gun Safety.

E.U.A.

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