Uma ex-Miss mexicana e o seu parceiro foram condenados a quatro anos de prisão pelo roubo de garrafas de vinho de luxo
Uma ex-Miss mexicana, Priscila Guevara, e o parceiro, Constantín Gabriel Dumitru, foram condenados a quatro anos de prisão por roubarem 45 garrafas de vinho do hotel Atrio, no valor de 1,6 milhões de euros, em Espanha, que nunca reapareceram.
Para contar esta história, é preciso recuar até 2021. Priscila utilizava uma peruca preta, óculos escuros e identificação falsa, fazendo-se passar por uma cidadã suíça. Naquela noite de outubro, anunciou que jantaria com um acompanhante.
Era a quarta vez que os dois reservavam quarto naquele hotel e receberam uma visita guiada à adega, segundo declarações da polícia.
Por volta da uma da manhã, Priscila encomendou comida através do serviço de quartos e foi nesse tempo, de cerca de 20 minutos, em que o funcionário se dedicava aos seus pedidos, que Constantín teve tempo de aceder à adega, com uma chave que já tinha roubado.
Encheram três mochilas de garrafas e, por volta das cinco da manhã, fizeram o check-out e abandonaram o hotel.
Passaram-se meses até que a polícia os identificasse, numa tentativa de passarem a fronteira entre a Albânia e Croácia, tendo sido os dois detidos.
O advogado de defesa ainda tentou alegar a inocência dos seus clientes com argumentos como “45 garrafas não cabem em dois sacos desportivos”.
Durante as audiências realizadas em tribunal, entre 27 de fevereiro e 1 de março, a polícia espanhola mostrou que o ADN do casal foi encontrado no quarto de hotel.
Ainda sem sinal das garrafas, os dois foram condenados por roubo num estabelecimento aberto ao público “com especial gravidade” e foi imposta uma indemnização conjunta de 753.454 euros, o dinheiro que um perito e a companhia de seguros avaliaram como justo, sendo que entre as garrafas de vinho estava um Chateau d´Yquem muito raro de 1806, no valor de 350 mil euros.
Priscila foi condenada a uma pena de quatro anos de prisão, enquanto Constantín recebeu a pena de quatro anos e seis meses.