Espanha confirma mais 23 casos de Monkeypox. Total sobe para 30

20 mai 2022, 11:07

Passa a ser o país com mais casos confirmados na Europa

Espanha confirmou esta sexta-feira mais 23 casos de Monkeypox, aumentando o total de infeções para 30. A informação está a ser avançada pelo jornal El País, que cita o Ministério da Saúde.

A confirmação dos novos casos deu-se após terem testado positivo análises realizadas no Centro Nacional de Microbiologia. Ainda segundo o El País, todos os casos registados são de pessoas de Madrid.

O vírus também já chegou a Portugal, que tem até agora 23 casos confirmados da doença. Alemanha e França confirmaram esta sexta-feira os primeiros casos, enquanto a doença já tinha chegado ao Reino Unido.

À exceção do Reino Unido, é a primeira vez que os outros países registam casos desta doença.

Espanha passa, assim, a ser o país com mais casos confirmados na Europa.

Doença transmitida de animais para humanos

O Monkeypox é uma doença rara causada por um vírus ao qual foi dado o mesmo nome. Sabe-se que pertence aos vírus do tipo Ortopoxvírus, tal como o vírus da varíola comum ou aquele que causa a varíola das vacas.

A forma como este vírus se instala nos seres vivos é, no entanto, desconhecida, sabendo-se apenas que mamíferos como roedores e primatas originários de África podem ser hospedeiros da doença e transmiti-la aos seres humanos. É aquilo a que se chama uma doença zoonótica, tal como a covid-19, porque é transmitida de animais para humanos.

Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC, na sigla original) destaca que este vírus é o mais prevalente do tipo Ortopoxvírus desde a erradicação da varíola comum.

De acordo com o CDC, os efeitos do Monkeypox em seres humanos são semelhantes, embora menos graves, aos verificados numa infeção por varíola comum. A doença começa com febre, dores de cabeça, espasmos musculares e cansaço. A grande diferença entre a varíola dos macacos e a comum é que a primeira provoca inchaço nos nódulos linfáticos.

O período de incubação da doença costuma ser de 7 a 14 dias, mas pode variar entre os 5 e os 21 dias em relação à exposição.

Assim que aparece a febre, até três dias depois devem manifestar-se também sintomas dermatológicos, como o aparecimento de zonas irritadas na pele. É também comum outros sintomas na pele como máculas, pápulas, vesículas, crostas ou pústulas.

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