Pedidos de ajuda escritos em papel e atirados pela janela salvam mulher sequestrada há seis dias

28 jul 2022, 10:31
Guardia Civil durante operação policial em Palma de Maiorca (Imagem Getty)

Após ter sido examinada no Hospital de Vigo, confirmou-se que os ferimentos presentes no corpo da vítima correspondiam a agressões sexuais

A polícia local de Pontevedra e elementos da Guardia Civil resgataram uma mulher que estava a ser mantida em cativeiro, há seis dias, pelo ex-companheiro, em Espanha. A vítima foi salva depois de ter atirado pela janela dois pedidos de ajuda que escreveu em pedaços de papel.

Os bilhetes foram encontrados por um vizinho, que alertou as autoridades, e o resgate foi consumado na segunda-feira. Após forçarem a entrada no apartamento, em O Porriño, os agentes encontram a mulher no interior, enquanto o agressor dormia, como explica o jornal espanhol El País.

O suspeito é ex-companheiro da mulher, tem 26 anos e já estava a ser investigado por rapto de menor. Manuel Fernández estava em fuga, depois de ter desaparecido enquanto aguardava a sentença de outros crimes. O alegado agressor está agora detido e acusado pelos crimes de sequestro e agressão sexual. 

De acordo com as autoridades espanholas, o agressor e a vítima tinham mantido uma relação durante alguns meses, acrescentando que o suspeito devia dinheiro à vítima e foi assim que a terá atraído até ao apartamento, no entanto, a mulher acabou por não regressar a casa.

A vítima apresentava vários ferimentos, provocados pelas agressões, e foi transportada para o Hospital Álvaro Cunqueiro, em Vigo, onde também foi examinada por um médico forense.

A polícia recebeu uma denúncia por volta das 06:35, na segunda-feira, através de um alerta via 112 de que uma mulher tinha atirado dois papéis pela janela, em que “pedia ajuda por estar a ser mantida contra a sua vontade numa casa”, explica a autarquia de O Porriño.

Um vizinho encontrou duas notas escritas pela vítima e nelas podia ler-se alguma informação sobre o alegado agressor, bem como a morada do apartamento em que estava sequestrada. À chegada ao local, os agentes tocaram à campainha, mas “não houve qualquer resposta” e, uma vez que a mulher avisado que se o agressor se apercebesse da presença das autoridades a matava, “forçaram a entrada”. Já dentro do apartamento, os polícias encontraram o suspeito a dormir numa cama e a vítima muito assustada e nervosa. Sem que tivesse tempo de reação, acabou por ser detido.

A jovem tinha várias escoriações no corpo provocadas pelas tentativas do suspeito de agressão sexual, explica a autarquia, citando a própria vítima, que acrescentou que estava sequestrada desde dia 19 de julho.

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