"Decisão histórica" foi anunciada por Sánchez numa comunicação à imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros
Espanha vai reconheceu formalmente a Palestina como Estado esta terça-feira, com Pedro Sánchez a garantir que o país não está "contra Israel".
"Espanha vai continuar a apoiar a Palestina. Não estamos contra Israel, vamos manter ligação", afirmou o primeiro-ministro espanhol, cumprindo com o anunciado na semana passada.
A "decisão histórica" foi anunciada numa comunicação à imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros, com Sánchez a garantir que "esta não é uma decisão contra ninguém", mas sim "a única forma de avançar para a paz".
"A Espanha juntar-se-á assim aos mais de 140 países do mundo que já reconhecem a Palestina como um Estado. Trata-se de uma decisão histórica com um único objetivo: ajudar os israelitas e os palestinianos a alcançar a paz", afirmou.
Falando ao país, o primeiro-ministro espanhol disse ainda que "esta decisão reflete a rejeição frontal e retumbante do Hamas, que é contra a solução de dois Estados".
"A Espanha, como sabem, condenou desde o início os atentados terroristas de 7 de outubro, e esta condenação é o nosso compromisso absoluto na luta contra o terrorismo. A partir de amanhã, concentraremos todos os nossos esforços para que a solução dos dois Estados seja uma realidade".
Está previsto que a Irlanda e a Noruega façam o mesmo a partir desta terça-feira, como anunciaram os Governos dos três países na semana passada.
Israel condenou os anúncios de Madrid, Dublin e Oslo, argumentando que enviam a mensagem aos palestinianos de que "o terrorismo compensa", numa referência ao grupo islamita Hamas, tendo garantido que iriam existir consequências.
Mais de 140 países reconhecem já a Palestina como Estado, alguns deles, membros da União Europeia, como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia, Eslováquia e Suécia.