Sanchéz vai pedir ao presidente chinês que não dê armas para a "brutal e ilegal agressão da Rússia contra a Ucrânia"

30 mar 2023, 09:47
Pedro Sanchéz e Xi Jinping (Associated Press)

Primeiro-ministro espanhol considera que o facto das autoridades de Pequim terem intensificado os contactos diplomáticos com os responsáveis de outros países reflete um "elevado nível de responsabilidade" para o qual quer "contribuir"

Pedro Sanchéz, que está numa visita oficial de dois dias à China, vai usar a ocasião para estreitar as relações com a potência asiática e tentar apelar ao presidente chinês para que continue no caminho para ser o mediador internacional que pode ajudar a colocar um fim à guerra na Ucrânia.

Por isso, de acordo com o El Mundo, ao chegar ao Grande Salão do Povo, o edifício usado pelo Governo da República Popular da China para as grandes ocasiões, o primeiro-ministro espanhol irá não só pedir a Xi Jinping que continue as conversações, mas também que não entregue armas para a "brutal e ilegal agressão da Rússia contra a Ucrânia".

Xi Jinping visitou Moscovo na semana passada, onde esteve com Vladimir Putin, tendo-lhe apresentado um plano de paz para a guerra na Ucrânia, que terá três pontos em comum com o plano traçado pelo presidente ucraniano.

Antes de se encontrar com o presidente chinês, Pedro Sanchéz esteve no Fórum Económico de Boao e afirmou que existe a necessidade de líderes "responsáveis e construtivos" perante os desafios atuais, em particular na "brutal e ilegal agressão da Rússia contra a Ucrânia, que está a causar uma crise humanitária, de fornecimentos, insegurança, inflação, dívida num número crescente de países vulneráveis".

Por isso, considera que o facto das autoridades de Pequim terem intensificado os contactos diplomáticos com os responsáveis de outros países reflete um "elevado nível de responsabilidade" para o qual quer "contribuir".

"Os nossos pontos de vista podem ser diferentes em algumas áreas, mas devemos continuar a construir pontes e a aumentar a nossa confiança mútua", afirmou.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, esteve em Kiev em fevereiro para um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Na altura da visita, o chefe do governo espanhol garantiu que o seu país estaria "ao lado da Ucrânia e do seu povo até que a paz regresse à Europa".

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