"Mais variantes vão surgir. Lá para o verão haverá outra, de certeza", avisa Henrique Barros

22 dez 2021, 00:42

Epidemiologista enaltece, no entanto, que Portugal "não está a viver as mesmas circunstâncias de há um ano" e que "a vacinação se tem demonstrado extraordinariamente eficaz"

Henrique Barros considera que só existem duas maneiras de os cidadãos se protegerem contra a covid-19: vacinação e testes. Em entrevista à CNN Portugal, o epidemiologista e um dos especialistas ouvidos nas reuniões do Infarmed, escusou-se a comentar a antecipação das medidas restritivas para 26 de dezembro, mas lembra que "a cautela é sempre boa conselheira", até porque, antecipa, "mais variantes vão surgir".

No entanto, é peremptório ao afirmar que Portugal "não está a viver as mesmas circunstâncias de há um ano". O especialista enaltece que "a vacinação se tem demonstrado extraordinariamente eficaz, sobretudo, na proteção dos casos de infeção nas pessoas com mais de 60 anos".

Quanto ao surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2, como a Ómicron, Henrique Barros considera que este é um fenómeno que só vai terminar quando uma grande maioria da população global estiver imunizada.

“Nós só estamos protegidos quando todos estivermos protegidos e a imensa maioria da população mundial continua por vacinar, portanto, o vírus continua a circular e mais variantes vão surgir. Lá para o verão haverá outra, de certeza. Nós precisamos é de estar intensamente protegidos”, refere.

O epidemiologista garante que "estar vacinado, reforçar a vacinação em todas as faixas etárias e a testagem" são a principal proteção contra a covid-19.

Henrique Barros acrescenta que “as pessoas que estão a ser internadas e as pessoas que estão a ter desfechos graves ou até fatais por causa da infeção são, sobretudo, pessoas que não estão vacinadas”.

“Não temos uma vacina perfeita? Não, não temos. Se calhar nem haverá nunca nem para nada vacinas perfeitas”, conclui.

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