Capacidade de conciliar a vida profissional e familiar (51%) e um bom salário ou bónus (65%) são as grandes prioridades na altura de escolherem um novo emprego, de acordo com um novo estudo
Quase metade dos trabalhadores espanhóis estão insatisfeitos e preparados para se despedirem do seu trabalho atual assim que a economia do país dê sinais de melhoria.
De acordo com o El País, que cita o estudo “Workforce Pulse” da Personio – empresa especializada em software de recursos humanos -, 47% dos trabalhadores espanhóis estão motivados para se despedirem quando a economia do país começar a melhorar e 44% garantem que o farão nos próximos 12 meses independentemente do desempenho económico nacional.
O estudo, que questionou 7.000 trabalhadores e 3.500 diretores de recursos humanos em toda a Europa, mostra que em Espanha quase metade da força laboral quer mudar de emprego ou mesmo tentar a sorte noutros setores.
Os dados mostram que 45% dos inquiridos já não consideram o trabalho uma prioridade nas suas vidas e que 36% estariam dispostos a aceitar um salário mais baixo em troca de um trabalho mais interessante. O problema é mais ou menos transversal a todos os países europeus e reconhecido pela própria diretora de recursos humanos da Personio. Lenke Taylor lembra que “a persistente escassez de talentos significa que recrutar e reter as melhores pessoas já é um desafio para as empresas hoje”, alertando os empregadores que “à medida que a economia melhorar a retenção será ainda mais difícil”.
Taylor garante que este é o momento “de as empresas olharem além das estratégias de talentos de curto prazo e pensarem sobre como podem investir de forma sustentável na experiência dos funcionários e, em última análise, na retenção de talentos”.
O estudo detalha ainda o caminho a seguir para as empresas que já identificaram e pretendam combater este novo paradigma: 51% dos trabalhadores inquiridos entendem que a conciliação da vida profissional e familiar é uma prioridade, posição que apenas foi superada por ter um bom salário ou um bom bónus, que conquistou a concordância de 65% dos entrevistados.
“Os melhores empregadores ouvem o que está a mudar na sua força de trabalho e tomam as medidas necessárias para manter os empregados empenhados. Assim, com o talento e a produtividade de novo no topo das suas agendas, as empresas que trabalham com os seus trabalhadores para promover o empenhamento estarão em melhor posição para lidar com as mais recentes mudanças nas necessidades do local de trabalho”, aconselha Lenke Taylor.